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Energia  | 16/04/2011 17h10min

Hidrelétricas do Rio Madeira lembram história acidentada da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

Um século separa dois tipos de megaobras na Amazônia

Marta Sfredo, Enviada Especial/Porto Velho  |  marta.sfredo@zerohora.com.br

Um século separa dois tipos de megaobras na Amazônia - cada uma proporcional a sua época - que desafiaram o controle da técnica, do ambiente e da natureza humana. Apelidada de Ferrovia do Diabo por incidentes e mortes durante sua construção, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré inspirou lendas e romances. Conhecidas como usinas do Rio Madeira, duas hidrelétricas gigantes colecionam uma nova série de dissabores: depredação, greves, doenças, conflitos jurídicos e administrativos.

Em audioslide, conheça a usina Santo Antônio em Rondônia:



Na origem, a ambição é idêntica: melhorar a infraestrutura do país e a integração com os vizinhos. A primeira tentativa de financiar a Madeira-Mamoré teve garantias do governo da Bolívia. O que era problema há cem anos - a ferrovia foi criada para driblar as corredeiras do Madeira, obstáculo à navegação na região em que o transporte fluvial é a melhor opção - virou atrativo. É a turbulência do rio que permite o aproveitamento energético. A hidrovia está prevista, mas depende de eclusas sem orçamento aprovado.

Se hoje Porto Velho é sede do governo de Rondônia e tem mais de 400 mil habitantes, entre o final do século 19 e o início do 20, era pouco mais que um ajuntamento de casas. Virou cidade graças à ferrovia. Mas na segunda década do século 21 ainda parece mais um grande bairro de periferia do interior do que uma capital de Estado. Até o mercado público foi reduzido à metade. Um comerciante comprou banca após banca para derrubar metade da área original e erguer um edifício no local. Só sobrou meio mercado.

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