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Economia  | 29/03/2011 07h12min

Bernardo Faria, CEO da ONG CDI Lan, fala ao NMS

Focada na inclusão social, CDI Lan quer ser exemplo de empresa social

Oferecendo produtos e serviços educacionais e financeiros para lan houses, a ONG CDI Lan desejava atingir a base da pirâmide social brasileira. Pois desde janeiro, esse desejo poderá ser expandido. Junto com a Vox Capital, o braço da ong CDI conseguiu criar asas e se transformar em uma empresa social. Para pensar nas possibilidades de expansão da empresa, no equilíbrio entre lucro e impacto social, o Nosso Mundo conversou com Bernardo Faria, CEO da CDI Lan. Abaixo, confira trechos da entrevista:

Nosso Mundo Sustentável: Transformar a ONG em empresa social é uma ideia antiga?

Bernardo Faria: Faz um ano e meio que o processo de tranformação do CDI Lan em empresa está sendo desenvolvido. Nos últimos meses estivemos executando um projeto, contatando investidores para poder lançar o CDI como uma das primeiras grandes empresas sociais do Brasil, visando impacto social e lucratividade. Através da empresa conseguiremos implantar negócios sociais de outras grandes empresas.

NMS: Existe um único grande objetivo para a CDI Lan?

Faria: Temos três frentes principais. Uma delas é a educação, onde já desenvolvemos uma plataforma de ensino à distância para ser usada em lan houses e aperfeiçoar usuários para o mercado de trabalho. A ideia é sempre impactar positivamente as lan houses da nossa rede - são mais de cinco mil - e seus usuários. Nosso desejo é trabalhar pela educação, inclusão bancária, crédito, cidadania.

NMS: Há muitos parceiros trabalhando junto com vocês hoje?

Faria: Temos um fundo de investimento focado em empresas sociais trabalhando junto conosco e outras empresas que criam soluções para as comunidades que estão na base da pirâmide. Procuramos e somos procurados por outros parcerios que já tem um mote parecido com o nosso, focado no social.

NMS: Por que é importante se tornar uma empresa?

Faria: A ONG tem um modelo que limita, pois trabalha por ação e projeto, então chega um momento que não pode investir dinheiro para ter retorno. Agora isso muda. É uma simbiose de dois modelos que acreditamos que pode dar muito certo. Fora do Brasil já há outros exemplos disso.

Divulgação / clicRBS

"A ONG é um modelo limitado", afirma Bernardo Faria, CEO da CDI Lan
Foto:  Divulgação  /  clicRBS


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