| 20/09/2010 15h25min
Se você já está cansado de ouvir falar em 3D, más notícias. Depois de invadir as telas de cinema nos últimos meses, a próxima onda das produções tridimensionais já tem destino certo: as salas de estar. Agora que quase dois terços dos lares norte-americanos já trocaram suas TVs de tubo por aparelhos de tela plana e alta definição, os fabricantes estão tentando convencer os consumidores de que o próximo passo é o 3D.
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No Brasil, essa realidade também não está tão distante. De janeiro a junho, pela primeira vez, as TVs de tela plana venderam mais do que as antigas de tubo – 3,63 milhões contra 1,99 milhões, conforme a Superintendência da Zona Franca de Manaus. Além disso, os maiores fabricantes já começaram a colocar no mercado nacional aparelhos 3D.
Mas é no mercado dos EUA, o maior do mundo, que a disputa pelo consumidor se dá mais intensamente. O arsenal para seduzir os potenciais compradores consiste em oferecer novidades como óculos especiais, discos de Blu-ray, descontos e transmissões de eventos esportivos. Se tudo correr como os analistas prevêem, as vendas de aparelhos 3D podem responder por metade do mercado em cinco anos.
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Por enquanto, esses equipamentos representam só 2,5% das vendas de TVs novas nos EUA, conforme a consultoria de mercado iSuppli. Segundo o levantamento, 83% dos já que compraram uma TV do gênero são assumidamente early adopters – pessoas que gostam de ter sempre as últimas tecnologias – e metade tem uma renda familiar de US$ 100 mil ou mais. Um público bastante seleto.
Ainda assim, o otimismo não é infundado, garante o vice-presidente do segmento de TV da Sony, Chris Fawcett: "Estamos vendo uma curva de adoção similar à dos aparelhos de alta definição. Em 2004, as TVs de alta definição estavam presentes em somente 6% dos lares norte-americanos", compara.
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O preço, porém, ainda é uma barreira. Nos EUA, uma TV 3D custa US$ 1,2 mil a mais do que uma de tela plana de tamanho equivalente, segundo a iSuppli. Em 2014, porém, a expectativa é de que essa diferença caia para uma média de US$ 325. No Brasil, as TVs 3D já disponíveis variam de R$ 5,8 mil a R$ 13 mil.
O custo sobe se a ideia for apreciar o 3D em família: é preciso um par de óculos para cada membro, que custa US$ 150 em média nos EUA. Para completar, assistir a filmes gravados em 3D requer um player de Blu-ray específico, que não sai por menos de US$ 200 no mercado americano (R$ 1 mil é o valor médio no Brasil).
Cálculos à parte, o grande teste de penetração do 3D virá nos próximos meses, com as vendas de Natal nos EUA. Lojistas e fabricantes torcem para que as projeções dos analistas sejam tão realistas quanto o efeito visual gerado pela nova tecnologia.
Laptop 3D a caminho
Além das TVs, a tecnologia 3D deve começar a ganhar também as telas dos computadores. Uma das novidades apresentadas na feira alemã de eletrônicos IFA, na última semana, foi um protótipo com display tridimensional projetado pela Sony.
O computador portátil da linha Vaio foi exposto pela empresa ao lado dos óculos 3D, já utilizados em TVs da marca. A expectativa é de que o notebook chegue ao mercado em 2011. O protótipo apresentado na Alemanha tinha monitor de LCD de 16 polegadas.
Sem mais detalhes divulgados até agora, os planos da Sony para o produto devem ser detalhados na feira Consumer Electronics Show (CES), que se realiza em janeiro de 2011, em Las Vegas (Estados Unidos).
Por enquanto, esses equipamentos representam só 2,5% das vendas de TVs novas nos EUA, conforme a consultoria de mercado iSuppli
Foto:
Divulgação
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