Recursos Naturais | 20/07/2011 15h02min
A maioria dos rios, lagoas e reservatórios com água em condições de qualidade ruim ou péssima está próxima a regiões metropolitanas. O diagnóstico está no relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil — Informe 2011, divulgado nesta quarta-feira pela Agência Nacional de Águas (ANA).
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De acordo com dados coletados em 2009, a maior parte dos corpos d'água com Índice de Qualidade da Água (IQA) péssimo ou ruim fica nas proximidades das regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e de cidades de médio porte, como Campinas (SP) e Juiz de Fora (MG). "Essa condição está associada principalmente aos lançamentos de esgotos domésticos", constata o relatório.
Dos 1.747 pontos monitorados em 17 Estados, 2% têm condições péssimas e 7%, condições ruins. A avaliação é feita com base em nove parâmetros, que refletem principalmente a contaminação por esgoto doméstico. Entre 2008 e 2009, percentual de pontos com índice de qualidade considerada ótima caiu de 10% para 4%.
No geral, o cenário se manteve estável: em 2008, 70% de pontos tinham condições boas, em 2009 o percentual foi 71%. "O diagnóstico dos pontos monitorados revela a manutenção do quadro geral do país, com várias bacias comprometidas devido ao grande lançamento de esgotos urbanos domésticos", aponta o estudo.
Apesar da concentração da água de má qualidade nas bacias próximas a grandes centros urbanos, a ANA considera que houve avanços pontuais em alguns casos, diretamente ligados a investimentos em saneamento e tratamento de esgoto.
- As políticas de saneamento estão dando resultados na melhoria de qualidade de água, mas ainda temos grandes investimentos a fazer - disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Ela chamou a atenção para outro número do relatório da ANA: o percentual de água utilizado para irrigação. Os números mostram que 69% do recursos hídricos em uso no país vão para as lavouras e pastos.
A ministra ainda vinculou o futuro dos recursos hídricos à discussão do novo Código Florestal, que está sob avaliação do Senado.
Via Agência Brasil
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