Ambiente | 28/04/2011 08h10min
Uma pesquisa recente mostra que caminhar pelo parque é mais do que uma forma legal de passar a tarde. É um componente essencial para manter a saúde em dia, de acordo com o pesquisador de ambiente e comportamento Frances "Ming" Kuo, da Universidade de Illinois (EUA).
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- Ao longo das décadas, os defensores de parques, os arquitetos de exteriores e os escritores populares têm insistido que a natureza tem poderes de cura. Mas até bem pouco tempo, suas reivindicações não haviam sido submetidas a uma avaliação científica rigorosa - afirmou Kuo.
O pesquisador também é diretor do Laboratório de Paisagismo e Saúde Humana da universidade e estudou o efeito dos espaços verdes nos humanos em uma série de fatores para provar ou reprovar o folclore sobre o tema.
- Pesquisadores têm estudado os efeitos da natureza em diferentes populações, usando muitas formas de natureza.
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Kuo afirma que mais do que a diversidade das pesquisas sobre o assunto, é ainda mais importante o rigor com que o trabalho foi realizado:
- Em qualquer campo que conte com entusiastas, você vai encontrar uma infinidade de estudos bem-intencionados, porém frágeis, pretendendo "provar" os benefícios de X. Mas na última década, trabalhos rigorosos sobre essa questão se tornaram mais regra do que exceção.
De acordo com ele, os estudos não estão mais dependentes apenas daquilo que os participantes dizem ser os benefícios da natureza. As vantagens têm sido mensuradas objetivamente por meio das mesmas ferramentas utilizadas na medição de crimes, por exemplo.
- Nós ainda encontramos esses benefícios quando elas são medidos objetivamente, quando os amantes da natureza não estão incluídos em nossos estudos, quando a renda e outros fatores que poderiam explicar um link de saúde da natureza são tidos em conta. E a força, consistência e convergência dos resultados são notáveis - completa.
Segundo Kuo, em contextos ecológicos, as pessoas são mais generosas e mais sociáveis:
- Encontramos laços sociais mais fortes com o bairro, maior senso de comunidade, confiança mútua e vontade de ajudar os outros.
No lado oposto, em ambientes menos verdes, são maiores os índices de agressão, violência e criminalidade.
- Também vemos mais evidências de solidão - afirma o pesquisador.
Devido a essa forte correlação entre natureza e saúde, Kuo incentiva os planejadores das cidades a criarem comunidades com mais espaços verdes públicos, não como meras amenidades para embelezar um bairro, mas como um componente vital.
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