O grande destaque do mercado sucroalcooleiro em fevereiro ficou para o biocombustível. O mês foi marcado por forte demanda, principalmente para o etanol hidratado. A pouca disponibilidade de oferta fez com que os preços rompessem um novo patamar (R$ 1,60 o litro). Neste final de semana, os preços podem bater em R$ 1,65 por litro, devido à manutenção do quadro de redução da oferta e dos estoques de passagem.

Em fevereiro, a necessidade compradora, efetivamente forte, aliada à grande escassez de oferta, em um momento de baixos estoques, levou os vendedores a se tornarem "donos do mercado". Os níveis de referência foram ampliados cada vez mais, os quais passaram facilmente de R$ 1,52 para R$ 1,60 já no início da última semana de fevereiro, e primeira de março. Assim, esse mês iniciou com ganhos nos preços do etanol hidratado na ordem de 5,6%, no comparativo com a semana anterior.

O etanol anidro também apresentou sólidas valorizações no mês, rompendo a barreira de R$ 1,35 por litro na virada de fevereiro para março. Valor foi mantido durante boa parte de janeiro e fevereiro, para oscilar dentro do patamar de R$ 1,40 por litro no último mês. As últimas indicações de vendas já miravam efetivamente o nível de R$ 1,50. A acomodação na demanda para o etanol anidro é visível, com compradores transferindo intenção de negócios para o período pós-carnaval.
 
Varejo
 
O preço médio do álcool combustível (etanol hidratado) subiu 1,66% em fevereiro no Brasil, na comparação com janeiro, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O preço médio do biocombustível aumentou para R$ 1,891 por litro em fevereiro, ante os R$ 1,860 / litro de janeiro.

Em janeiro, os preços médios do etanol haviam aumentado 3,04%, na comparação com dezembro. Os consumidores do Acre foram o que pagaram mais caro pelo litro do álcool em fevereiro no país: em média, R$ 2,386. O álcool mais barato foi cobrado em São Paulo, onde o litro custou em média R$ 1,766 / litro, contra os R$ 1,733 por litro de janeiro. Em São Paulo, a alta nos preços do biocombustível em fevereiro foi de 1,9%, levando o biocombustível a perder a paridade ante a gasolina.