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Comunidade  | 08/03/2011 09h32min

Rio Grande do Norte é Estado que detém mais produtos com selo de comércio justo e solidário

Além do mel, potiguares contam com melão, abacaxi, coco, limão e castanha são certificados

A certificação do mel posiciona o Rio Grande do Norte como o Estado brasileiro com maior diversidade de produtos com o selo do comércio justo e solidário. Além desse produto, o Estado dispõe de melão, abacaxi, coco, limão e castanha com certificado Fair Trade.

De acordo com o consultor Naji Harb, a maioria dos Estados que atuam com esse tipo de comércio tem apenas um gênero certificado. É o caso do Piauí, com o mel. Já Minas Gerais e Espírito Santo certificaram o café, enquanto os estados da Bahia e Pernambuco tem o referido selo para a manga.

A diversidade de produtos certificados amplia as chances de exportação com valores mais altos, além de reverter em melhorias para as comunidades produtoras. A fruta pioneira em Fair Trade foi o melão, que posicionou o estado como o primeiro do mundo a ter esse atestado. Depois, vieram a certificação para as demais frutas e para a castanha de caju.

A qualidade do mel produzido pelos apicultores da região oeste atende ao padrão estabelecido pelos europeus, garantindo as exportações para países daquele continente. Apesar de ainda não ter essa qualificação, o mel da Coapismel possui características orgânicas, já que é uma das exigências do comércio justo e solidário a preocupação com uso de defensivos agrícolas os pastos polinizados pelas abelhas.

Praticamente, todos os pastos do Estado são orgânicos, o que garante um mel sem agrotóxicos. A espécie criada pelos apicultores de Serra do Mel é a africanizada, que é mais resistente a doenças e tem como característica uma alta produção de mel. Cada colméia instalada na região produz cerca de 50 quilos, gerando até quatro colheitas por ano.

Atualmente, o mel obtido nos apiários da Coapismel vai para o mercado consumidor, através de empresas compradoras e exportadoras do Rio Grande do Norte, Ceará e Santa Catarina. De acordo com o gestor do projeto de Apicultura do Sebrae-RN, Valdermar Belchior, um dos entraves para a exportação de mel é a adequação dos entrepostos, norma exigida pelo Ministério da Agricultura.

Dos quatro entrepostos potiguares, apenas o de Macaiba é voltado para exportação, mas o de Apodi começa a ser adequado para o envio ao Exterior.

– As normas do Ministério exigem a capacitação dos apicultores e padronização das casas de mel e dos entrepostos. No entanto, estamos trabalhando no sentido de adequar todos os entrepostos existentes no Rio Grande do Norte – afirma Valdemar.

AGÊNCIA SEBRAE
 

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