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Agricultura  | 16/02/2011 19h39min

Senador quer plantar frutas em espaços improdutivos da Amazônia

Intenção é alcançar desenvolvimento sustentado

Para fortalecer a agricultura e garantir melhorias ambientais, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) apresentou projeto de lei (PLS 08/11) que visa utilizar espaços vazios ou improdutivos da Amazônia para o plantio de árvores frutíferas. Em pronunciamento nesta quarta-feira, dia 16, o parlamentar afirmou que almeja, com seu projeto, que os Estados da Amazônia alcancem efetivamente o desenvolvimento sustentado. As plantações de frutas, informou, seguirão o zoneamento ecológico e econômico de cada unidade da federação.

- Não precisamos mais derrubar uma única árvore na Amazônia - afirmou o parlamentar, acrescentando que a proposta visa a melhoria de vida dos 23 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia.

De acordo com Ribeiro, a fruticultura é a quarta principal atividade econômica da Amazônia, atrás da exploração do minério de ferro, da madeira e da pecuária. De todas, no entanto, é a que traz o maior potencial de distribuição de renda para a população. O Pará, acrescentou, é o maior produtor nacional de açaí, atingindo 700 mil toneladas anuais da fruta.

O açaí congrega uma cadeia produtiva 3 mil trabalhadores, entre apanhadores, atravessadores, batedores e vendedores do produto, informou o senador. A exportação do suco da fruta faturou US$ 20,2 milhões em 2010, depois de ter alcançado US$ 27 milhões em 2009. As receitas com exportações de sucos, de castanha do Pará e de cacau atingiram US$ 35 milhões em 2010, superando o auferido com a exportação de ouro pelo Estado, que conseguiu US$ 26,9 milhões.

- Não é exagero afirmar que as frutas amazônicas valem mais que ouro - afirmou.

O senador informou ainda que já estabeleceu contatos com o Ministério Público, com a Agência de Defesa Agropecuária do Pará, com o Sindicato dos Produtores de Frutas do estado para debater a possibilidade do ingresso do Pará no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. Com isso, o governo do Estado terá condições de planejar, coordenar, fiscalizar e executar a política de inspeção vegetal.

 

AGÊNCIA SENADO
 

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