| 15/02/2011 16h54min
O projeto Revitalização Ecossocial do Cerrado, realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) em 18 municípios mineiros, vai continuar até o final de 2011. O Ministério do Meio Ambiente autorizou a prorrogação devido aos bons resultados apresentados nos seus quatro anos de trabalho.
Desde sua criação, o projeto já beneficiou 231 produtores rurais com a montagem de planos de adequação ambiental, 31 a mais que a meta prevista. Neste tempo foram efetivadas as contratações de 116 projetos de crédito rural para atividades florestais no Estado.
O projeto foi criado com o objetivo de conciliar desenvolvimento e conservação do meio ambiente nas pequenas propriedades rurais de Minas Gerais e envolve municípios de várias regiões: Alpinópolis, Arinos, Bambuí, Cássia, Claraval, Corinto, Córrego Dantas, Dom Bosco, Guapé, Ituiutaba, Lassance, Montes Claros, Paracatu, Passos, Santa Vitória, Vargem Bonita, Dores do Indaiá e São João Batista do Glória.
Segundo seu idealizador, o gerente da Unidade VERdeMinas de Poços de Caldas, José Paz Câmara, a intenção do projeto é minimizar as causas do desmatamento do cerrado, da degradação de seu solo e recursos hídricos, dentre outras ameaças ao bioma.
— Temos que oferecer condições para o agricultor produzir de forma sustentável. Além de ser uma boa fonte de renda, as florestas plantadas ajudam a amenizar a pressão sobre a vegetação nativa do cerrado — ressalta.
Para o projeto, o Ministério do Meio Ambiente liberou R$ 600 mil, com contrapartida de R$ 150 mil da Emater-MG, empresa vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Desde a implantação do projeto, em 2006, os técnicos da Emater-MG fazem um trabalho de acompanhamento dos produtores, procurando aumentar o conhecimento deles sobre as condições das áreas utilizadas e manejo racional dos recursos nacionais.
Inicialmente, foram analisadas a situação socioambiental das propriedades e, a partir dos dados obtidos, foram elaborados planos de adequação ambiental e de venda da produção para os agricultores interessados em aderir ao projeto. No total, foram criados 213 planos de comercialização.
— Esses planos mostram ao produtor para quem ele pode vender o eucalipto e a que preço — explica Câmara.
Comercialização
Os agricultores também tiveram orientações para conseguir financiamento para atividades florestais (Pronaf Florestal). De acordo com José Paz Câmara, os resultados do projeto também são visíveis na quantidade e na melhoria da qualidade de água disponível nas cisternas, nascentes e nos cursos d´água das propriedades, além da conservação do solo.
O município de Tapiraí, no Centro-Oeste do Estado, é um exemplo de sucesso dentro do projeto Revitalização Ecossocial do Cerrado. Lá, 23 agricultores estão cadastrados no projeto e 21 deles fizeram planos de adequação ambiental.
— Os produtores recuperaram muitas pastagens degradadas e plantaram diversas áreas de eucalipto — conta José Paz Câmara.
No município, também foram feitos 20 projetos de comercialização da produção florestal.
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