| 10/02/2011 18h07min
Orgulho do município de Candiota, as usinas termelétricas estão sob suspeita após o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que as mesmas parem de funcionar por estarem provocando prejuízos ambientais. A polêmica surpreendeu a população da cidade com pouco mais de 8 mil habitantes que convive há décadas com as geradoras de energia.
— Essa história pegou a todos de surpresa, penso que isso foi um blefe, uma má interpretação. Acredito que logo tudo será esclarecido — aposta o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do município, Jaime Fernandes.
Preocupado com o impacto negativo que pode gerar a paralisação, o prefeito Luiz Carlos Folador (PT) acredita que o MPF terá bom senso de avaliar melhor a situação, dando o prazo solicitado pela CGTEE, responsável pelas usinas, para colocar as fases A e B (mais antigas e preocupantes) dentro dos parâmetros corretos.
— O MPF precisa entender o que esse investimento representa para a região, porque são poucas as alternativas e o carvão mineral é a melhor delas — defende.
Outros moradores relatam que o sentimento da população é dúbio. Para Pablo de Andrades Lima, ao mesmo tempo em que temem as demissões e o afastamento de futuros investimentos, os moradores sentem-se satisfeitos, uma vez que, no último mês têm convivido com as cinzas decorrentes das usinas.
Com a seca em Candiota, população sentiu o efeito das cinzas da usina termelétrica no ar da cidade no verão
Foto:
Cristiano Lameira, Especial, 05/01/2011, BD
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