O que o presidente "Lula", Eike Batista, Silvio Santos e Ronaldinho têm em comum? São marcas pessoais, inconfundíveis e que estão presentes na mente das pessoas, como tantas marcas empresariais. No mundo profissional, a definição de Personal Branding foi conhecida por meio do artigo "The Brand Called You", de Tom Peters, em 1997.

De lá para cá, a apropriação do que Peters relatou ficou restrita a poucos que souberam usar das ferramentas do marketing pessoal para se diferenciar na multidão. Usar o carisma para vender e construir um grupo de comunicação? Silvio Santos fez. Construir uma imagem de milionário e dar credibilidade às suas empresas? Eike Batista faz. Estes são apenas alguns dos exemplos que permeiam a realidade. Uma realidade que passa a estar mais próxima dos profissionais comuns que buscam a mesma diferenciação em seus mercados e grupos de trabalho. "Por que é importante definirmos nossa marca pessoal? Porque hoje em dia um empregador não olha só para um currículo, nem um cidadão vai ao dentista porque o achou nas páginas amarelas. Hoje, o empregador olha para quem é aquele profissional e o que ele tem de diferente que pode agregar valor à empresa. No caso do dentista, ou de qualquer outro profissional liberal, o que ele tem a oferecer, que os outros não tem", explica a coach Melina Kunifas.

Para ela, o Personal Branding é uma ferramenta poderosa para o crescimento pessoal e profissional. "Pelo que queremos ser lembrados?", questiona a coach. "Você sabe pelo que você quer ser lembrado?", reforça. "Não são somente produtos e empresas que têm sua marca. Todos nós temos nossa própria marca. Veja o caso de pessoas famosas, como Madona. Ela é lembrada por sua ousadia, por exemplo. Já Madre Tereza representa a bondade, a compaixão, o amor pelo próximo. Todos deixamos uma marca, mas podemos construí-la para ser um ponto positivo a favor do nosso desenvolvimento e reconhecimento."

Mas a coach afirma que é preciso entender o que é marca. "Há muita confusão com relação ao que é uma marca. Muitos a confundem com a logomarca de uma empresa ou produto, como o caso da maçã da Apple, o M do McDonalds. Marca, na verdade, é o que esses símbolos representam: no caso da Apple, inovação, confiabilidade, segurança. Nós também somos reconhecidos pela nossa marca", confirma. "Mas você deve estar se perguntando por que é tão importante sabermos e definirmos nossa própria marca? Porque muitas vezes o que queremos que os outros pensem de nós, nem sempre é o que eles vêm na realidade. Muitas vezes queremos ser vistos como disciplinados, audaciosos, mas no fim somos vistos como indisciplinados e conservadores por nos comportarmos dessa maneira perante os outros."

Descobrindo a sua marca 
Para a coach, a marca pessoal não é simplesmente algo que é inventado para agradar aos outros ou o mercado alvo. "Nossa marca é definida pelo que realmente somos." E como isso é feito? "Primeiro, descobre-se a visão, a missão, as forças, os valores, os propósitos e as paixões da pessoa. O que ela quer deixar para o mundo? O que a motiva a viver realmente? O que a realiza pessoal e profissionalmente? e assim por diante. Nesse caminho, o coach é o profissional que auxilia para as descobertas."

À medida que a pessoa vai se descobrindo e definindo sua marca, vai se autoconhecendo, podendo, assim, viver 24 horas por dia sem medo de ser quem realmente é. "Como conseqüência, sua autoestima e confiança aumentam tremendamente. Lembrando a pioneira da aviação, Ann Morrow Lindbergh, "A coisa mais exaustiva que você pode fazer, é ser inautêntico'." "E, no processo de descoberta das forças individuais, descobre-se o seu diferencial. O que a pessoa tem a oferecer, que os outros não tem. Segundo William Arruda, um dos precursores do Personal Branding no mundo que te faz único, te trás sucesso'", conclui Melina.

Sobre Melina Kunifas
Natural de Curitiba, formou-se em Comunicação pela PUC-PR e movida pela curiosidade de conhecer novas culturas e estudar diferenças comportamentais humanas, viajou o mundo, visitando e morando em diversos países, como França, Alemanha, Israel e Estados Unidos. Durante sua estada em Boston, EUA, fez sua formação em Coaching em uma das maiores e mais antigas escolas de Coaching do mundo, a Coach-U.

Formou-se em 2005 e desde então vem trabalhando como Coach em vários setores. Em 2008 foi co-autora do livro Wake Up Women: BE happy, Halthy & Wealthy (Acordem Mulheres: Sejam felizes, saudáveis e ricas). Atualmente mora em Curitiba e tem dedicado seu tempo ao atendimento de seus clientes. Além de atender como coach em diversas área, também na sua nova formação: Personal Branding - Marca Pessoal. Os estudos estão sendo feitos com os percursores na área, William Arruda e Kirsten Dixson. Melina é certificada pelo International Coach Federation.

Sobre o Coaching
O termo inglês coach origina-se no meio esportivo para designar o papel de treinador, o técnico.Neste papel, o profissional deve atuar no campo do desempenho do seu cliente no que diz respeito a resultados e realizações pessoais. O coaching é diferente de um simples treinamento, porque o coach permanece acompanhando o cliente até o final do processo, ou seja, até que ele realmente atinja suas metas, adquirindo competências novas ou produzindo mudanças específicas.

O coach não tem as respostas para os problemas - ou seja, não é um gurú - mas tem as perguntas e a capacidade de audição para ajudar as pessoas a enxergar os próprios recursos que têm para atingir novos e melhores resultados. Não é exatamente pensar no como alcançar as metas, mas no que vem antes e deve ser vencido. Tirar a pessoa do que ela acha que quer ser, para levá-la ao que ela realmente quer ser. E isso funciona para as mais diferentes áreas: negócios, relacionamentos, desenvolvimento profissional, entre outras.