A Prefeitura de Joinville entregou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Santa Catarina (Iphan-SC), na semana passada, o plano de trabalho que prevê a reforma e ampliação do Museu Arqueológico de Sambaqui para que a unidade possa continuar atendendo na avenida Beira-rio, às margens do rio Cachoeira.

O município tinha até o dia 29 de julho para apresentar ao órgão federal o cronograma sobre o que será feito em relação ao imóvel, que é alvo de enchentes e coloca o acervo histórico em constante risco.

O plano cita reuniões entre a Fundação Cultural e o Ippuj para apresentação de um projeto de construção de um prédio anexo e conclusão da análise topográfica. A agenda informada ao Iphan inclui ações até novembro deste ano, quando deve ser feito o orçamento da obra. A execução não tem data definida.

A construção de um prédio anexo ao Museu, que sofre com os alagamentos desde a fundação, é a solução apresentada pela Fundação Cultural para os constantes fechamentos e danos à unidade.

O último grande estrago ocasionado pelas chuvas foi em março. O museu ficou fechado durante três meses até que a equipe pudesse fazer a limpeza do acervo atingido pela água e reconstruir a exposição permanente. Em maio, o Iphan, que tem corresponsabilidade pelo acervo arqueológico, chegou a recomendar a transferência imediata e total das atividades para outro prédio.

O destino de cerca de 150 caixas com peças que foram levadas para uma sala do Centreventos ainda é incerto. A Fundação pediu novamente ao Iphan a permanência do material no local provisório e aguarda resposta. O órgão havia pedido que o conteúdo, que precisou ser retirado do prédio por precaução a novas enchentes, fosse transferido para um local mais adequado.

A Prefeitura também lançou no mês passado o edital para a abertura de seis janelas nas áreas administrativa e educativa, afim de melhorar as condições de trabalho do antigo prédio. São oferecidos R$ 25 mil para a abertura de nichos e instalação das janelas.

Mais visitantes

Um mês após a reabertura, o Museu de Sambaqui já recebeu 1,8 mil visitantes. Muitos deles turistas que passavam pela cidade durante o Festival de Dança. O número é bem maior do que o registrado em outros meses. A média mensal de visitas, segundo a coordenação da unidade, é de 1 mil.

— Durante o 11 dias de Festival, recebemos 600 visitas — comemora Roberta Meyer Miranda, coordenadora da unidade.

O atendimento no local ocorre de terça a sexta, das 9 às 17 horas, e sábado, domingo e feriados, do meio-dia às 18 horas..

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