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Itapema FM  | 01/07/2015 14h59min

Prefeitura tem 30 dias para criar condições que protejam o Museu de Sambaqui das enchentes

Enquanto isso, local volta a atender ao público após três meses fechado

RAFAELA MAZZARO  |  rafaela.mazzaro@an.com.br

A Prefeitura de Joinville tem 30 dias para providenciar estudo de drenagem, projeto de construção de um prédio anexo no Museu Arqueológico de Sambaqui (Masj) e a realocação de parte do acervo que está guardado em uma sala do Centreventos Cau Hansen. Esta é condição apresentada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Santa Catarina (Iphan-SC) para que o local pudesse voltar a atender o público nesta quarta-feira, após três meses fechado.

O órgão federal chegou a recomendar a transferência imediata e total das atividades para um novo prédio. A orientação, emitida em maio, concluía que as condições do imóvel não atendiam as necessidades de conservação e preservação do patrimônio arqueológico e museológico. Em reunião entre representantes da cidade e do Iphan-SC, o acordo, no entanto, foi manter o Masj no mesmo endereço com a condição de criar alternativas para proteger o acervo de forma mais efetiva.

A enchente de março colocou em risco peças arqueológicas resultado de quatro décadas de pesquisas. A água que alcançou a marca de 55 centímetros chegou até as prateleiras onde ficavam boa parte dos materiais coletados. Após a higienização, cerca de 150 caixas foram levadas para uma sala do Centreventos. De acordo com o Iphan, o material deverá ser transferido para um local mais adequado até que o execução do anexo mais elevado seja concluída.

O projeto de prédio integrado ao antigo, às margens do rio Cachoeira, já existe, mas deverá ser readequado pela Coordenação de Patrimônio Cultural da FCJ e pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuj) baseado no plano de necessidades encaminhado pela própria equipe do museu.

— Hoje a nossa reserva técnica tem 92 m². Sabemos que precisamos de, no mínimo, mais 150 m² para garantir espaço nos próximos 30 anos — explica a coordenadora do museu, Roberta Meyer Miranda.

O Iphan-SC se dispôs a ajudar a unidade na captação de recursos para execução do projeto. Já outras medidas para amenizar a falta de ventilação no antigo prédio serão colocadas em prática em breve. A Prefeitura deve abrir nos próximos dias a licitação para abertura de seis janelas nas áreas administrativa e educativa, onde atuam boa parte dos funcionários.


Exposição continua

Durante o período em que permaneceu fechado, o local recebeu pintura e novas divisórias de vidro. Já a exposição permanente continua a mesma de antes.

Os grupos de visitação que estavam agendados antes do fechamento foram novamente contatados e voltam a movimentar a agenda da unidade ainda nesta semana. Até as férias de julho, o museu deve receber a visita de dez projetos educativos.

O MASJ costuma oferecer atendimento a uma média mensal de 20 grupos, fora as visitas individuais monitoradas. O acervo conta com mais de 40 mil peças, entre ossos humanos e de animais, pedras, acessórios e instrumentos de caça.

O atendimento ocorre de terça a sexta, das 9 às 17 horas, e sábado, domingo e feriados, do meio-dia às 18 horas.

A NOTÍCIA
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