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Itapema FM  | 11/03/2015 07h02min

44ª Coletiva de Artistas de Joinville abre ao público nesta quarta-feira

Trabalhos de oito artistas contemporâneos da cidade fazem parte da exposição nos anexos 1 e 2 da Cidadela Cultural Antarctica

Luiza Martin  |  luiza.martin@an.com.br

Abre ao público nesta quarta-feira a 44ª Coletiva de Artistas de Joinville. Para a concepção da mostra, a curadora, Simone Landal, e os oito artistas participantes conversaram sobre os pontos em que as obras se tocam. Assim, organizaram a leitura da Coletiva, considerada feito raro no ambiente artístico brasileiro. A narrativa criada por curadora e artistas poderá ser vista nos anexos um e dois do Museu de Arte de Joinville, na Cidadela Cultural Antarctica.

A intenção de Simone, que trabalhou pela primeira vez com artistas joinvilenses era organizar “sem tratar de modo autoritário” as obras e a mostra. Um texto sem título, escrito nas entrelinhas que envolvem os trabalhos, é um dos diferenciais da coletiva. A curadora optou por não definir um tema e respeitar o espaço das obras, vendo entre elas possíveis relações que não são forçadas mas brotam da natureza de cada uma das criações. Como acompanhou a montagem de Curitiba, Simone reparou no profissionalismo dos artistas joinvilenses.

– Eles são profissionais companheiros. Têm uma rede profissional e colaborativa. A coletiva é o resultado de um ambiente de arte muito amadurecido – conta ela, que credita a união entre os artistas à atmosfera provocada e alimentada por tantos anos de Coletiva.

– É muito valioso o feito da cidade em existir quanto em alcançar a 44ª edição. É muito raro ver isso no Brasil. Podemos identificar poucas mostras que têm continuidade e menos ainda que se perpetuam e conseguem se reinventar, mantendo o vigor e o frescor (que caracterizam a arte contemporânea) do ponto de vista da criação artística e da gestão cultural.

Se a narrativa que enreda as obras será ou não percebida é algo de que Simone não tem certeza. Para além disso ela observa “coerência” na organização dos trabalhos, possível por meio de uma “curadoria colaborativa”.

– Os diálogos entre trabalhos, acredito que guardam alguma coerência que vem dessa conversa com os artistas. Espero que a Coletiva funcione como unidade – diz.

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Desenho, imagem, tempo e poder são temas que parecem brotar das relações. A 44ª Coletiva de Artistas de Joinville abre com os traços de Anderson Alberton, que ganham a parede do museu em tinta acrílica preta e, não por coincidência, têm a mesma fonte daqueles que fizeram tela nos muros da Cidadela. Tanto Alberton quanto Renato da Veiga promovem um diálogo entre desenho, arquitetura e espaço urbano, de acordo com a curadora, e sugerem ao visitante um mergulho em traços e cores.

Giovanna Fiamoncini e Cyntia Werner, cada uma a seu modo, discutem o caráter ilusório, mas ao mesmo tempo sedutor das imagens. Giovanna traz delas a “possibilidade fantasmagórica” enquanto Cyntia aborda “os vestígios materiais de uma narrativa fictícia”, colocando diante do espectador uma mesa de xadrez com duas cadeiras.

De Paulo Franzoi, os admiradores da arte podem esperar uma performance, feita e filmada no dia da abertura da Coletiva, para lembrar de como o tempo é efêmero. Fábio Salum também traz vídeos para a mostra, lembrando que a pressa é inimiga da contemplação e da arte. Ainda na relação com o tempo, Sérgio Adriano H. mostra por meio da arte dele como os nossos ritmos são diversos. Os trabalhos de Sérgio envolvem corpos, paisagens e memória, e nos lembram da efemeridade das coisas.
O poder fecha a narrativa com a instalação de Juliano Jahn. Ele usa campos magnéticos para atrair ferramentas usadas no cotidiano das pessoas. A intenção, segundo Simone Landal, é mostrar os utensílios sob outro domínio que não as mãos.

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Agende-se

O quê: 44ª Coletiva de Artistas de Joinville.
Quando: até o dia 24 de maio, com visitação de terça a sexta das 9h às 17h e sábados, domingos e feriados das 12h às 18h.
Onde: anexos 1 e 2 do Museu de Arte de Joinville, na Cidadela Cultural Antarctica.
Quanto: entrada gratuita.

A NOTÍCIA
Salmo Duarte / Agencia RBS

A instalação, composta de bolas e paredes douradas, de Renato Veiga, convida o público a interagir com o suposto “Corpo do Artista”
Foto:  Salmo Duarte  /  Agencia RBS


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