Cada canto da 76ª Festa das Flores traz o bucólico da agricultura familiar. Caminhar pela exposição é como passear pelo interior de Joinville e encontrar os produtores familiares.

Em meio à exposição de flores, o visitante vai encontrar uma casinha para o cultivo de aipim, outra para a de cana-de-açúcar e mais uma para a de flores. A apicultura, o cultivo de arroz e o de banana também têm uma casa em enxaimel estilizado, completando as sete culturas agrícolas mais importantes para o município.

O passeio típico pela festa começa à direita do pavilhão principal, com a exposição de flores que leva ao estande especial das vencedoras. Neste ponto, o visitante estará próximo do mercado de flores.

Saindo dos corredores, cheios de mudas tentadoras, se avista a praça de alimentação. No pavilhão anexo, onde existe o auditório, foi instalado um parque para as crianças, salas com artesanato, barracas com biscoitos caseiros, além do Jardim dos Sentidos.

Se você adora carros antigos, corre o risco de nem ver a exposição porque os modelos mais clássicos estão expostos antes da subida da rampa que leva aos estandes das flores.

Os possantes do passado

Dodges, Brasílias, Opalas e o típico Fusca estão presentes na exposição de veículos antigos, que conta também com as Vespas usadas pelos sedutores do tempo da brilhantina. Os carros recepcionam os visitantes que entram no pavilhão da Festa.


Exposição de flores

A exposição é o lugar onde a beleza das futuras flores campeãs se revela. São espécies de orquídeas dos mais variados tipos e tamanhos. As vencedoras dos anos anteriores estão todas reunidas sobre toras coloridas e iluminação especial ao final do ciclo da exposição.

No pódio especial, não entram somente orquídeas, como a Phymatidium delicatulum. A rosa-do-deserto e a bromélia-espada ganham destaque entre as mais belas, todas conquistadoras do primeiro lugar.

Praça de alimentação

Logo ao final do mercado das flores está a praça de alimentação, que oferece vários tipos de lanches, do cachorro-quente à sobremesa de morango com chocolate. Chope também não falta neste local.

Compras no mercado

Gostou das orquídeas da exposição? Agora você pode ter a sua competidora. Não faltam opções no Mercado de Flores. As mudas que ainda não floresceram custam R$ 8. As maiores têm acréscimo no preço. Algumas, já com flor, podem ser compradas por R$ 20. Além da flor-símbolo de Joinville, o mercado oferece bromélias bonsais e outras variedades para deleite dos apaixonados por plantas.

Diversão para as crianças

No pavilhão anexo à exposição, ao lado do auditório, uma sala foi reservada para o parque de diversões. Vários tipos de escorregadores infláveis estão montados para que as crianças usufruam de um espaço voltado para elas. Entre as atrações, está a cama elástica com cabos de segurança, que permite saltos mais radicais.




Trilha ecológica

Um dos estandes da festa reproduz uma trilha ecológica em meio à mata atlântica. Árvores, folhas secas, cobras em vidro e fotos de animais em habitat natural compõem a fauna e a flora que podem ser vistas nas florestas da cidade. As cobras em vidro são as que chamam mais a atenção das crianças, de acordo com a bióloga Patrícia Greff. Mas a trilha tem também graxaim, beija-flor, pica-pau-rei, macaco e vários tipos de corujas: a sapo, a orelhuda e a do mato.

— Na trilha, a gente se conecta com aquilo que tem de melhor, que é a natureza —incentiva a bióloga.





Produção de cana

Uma réplica para relembrar os antepassados. Assim, Egon Seefeldt (foto acima), de 82 anos, mantém a própria memória e a de seus herdeiros viva. O contato com a roça até os 16 anos e uma vida dedicada à marcenaria reúnem a bagagem necessária para a construção das réplicas hoje expostas na Festa das Flores.

São reproduções de moendas de cana movidas a boi e a água. Uma delas, movida a tração animal, reproduz fielmente a do avô Germano, ativa em 1894. Egon explica por meio das réplicas como se beneficia a cana para produção de açúcar, melado, cachaça e musse de frutas.

— É essa a lembrança do passado que quero trazer. Poucas pessoas lembram disso — justifica.

Jardim dos Sentidos

De olhos vendados ao entrar no Jardim dos Sentidos, você vai tatear, cheirar e ouvir sons de elementos da natureza muito presentes no cotidiano. São temperos, plantas e ruídos que são sentidos enquanto os olhos ficam fechados. A experiência é uma reprise da festa do ano passado e vai ter o dobro do tamanho no próximo ano.

Depois de sentir, errar e acertar, os elementos presentes no jardim, os olhos são abertos e o caminho pelos sentidos fica exposto. Para sentir a experiência, você terá que ir ao pavilhão anexo à exposição, em uma das salas ao final do corredor do auditório.

O QUÊ: Concurso Flor da Melhor Idade.
QUANDO: hoje, às 14 horas.
ONDE: complexo da Expoville (rua 15 de Novembro, 4.315, bairro Glória).

O QUÊ: início da Tarde Dançante com música ao vivo.
QUANDO: hoje, às 15 horas.
ONDE: complexo da Expoville.
O QUÊ: Baile do Bem, com Sandra de Sá, Fernanda Abreu e Sérgio Loroza.
QUANDO: hoje, às 23 horas. Abertura dos portões será às 22 horas.

ONDE: Palco principal, com capacidade limitada.

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