Mesmo fora do palco, Denis Vieira, aos 21 anos, causa uma forte impressão já no primeiro contato. O sorriso cativante, o jeito brincalhão e a beleza incontestável certamente colaboram para essa imagem. Ainda que bastante jovem, o talento joinvilense é prova de que a realidade pode ter a cara de um sonho.

De contrato recém-assinado com o Opernhaus Zürich Ballet, Denis embarca em janeiro de 2014 para a Suíça, onde atuará como solista da renomada escola de balé europeia.

Ex-bailarino do ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde permaneceu até julho deste ano, Denis enviou currículo, vídeos e fotografias por e-mail para o diretor do balé suíço, que imediatamente o convidou para uma audição. Com motivos de sobra para celebrar, Denis não esconde a euforia pela importante conquista.

— Sei que vou trabalhar muito, cerca de nove, dez horas por dia. Farei apresentações semanais, muitas turnês, terei que atuar com um repertório mais vasto. Mas, para a minha idade, um contrato de solista numa das principais companhias da Europa é indescritível.

De passagem por Joinville para visitar familiares e amigos, ele aproveitou a viagem para praticar o que faz de melhor: a dança clássica. Sob o comando da famosa Cecília Kerche – que estava na cidade até a última sexta-feira ministrando aulas para a Cia. Jovem Bolshoi Brasil –, o rapaz relembrou os tempos em que construir uma carreira internacional era apenas aspiração.

Aos oito anos, Denis, então estudante da Escola Municipal Professora Eladir Skibinski, no Aventureiro, foi aprovado na seletiva da Escola de Teatro Bolshoi no Brasil. Em 2008, já com 16 anos de idade, formou-se bailarino e passou a integrar o time da Cia. Jovem.

Em abril de 2010, ele sentiu que era hora de experimentar coisas novas e, após uma audição, tornou-se solista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde Cecília atua como bailarina principal até hoje e local onde os dois se conheceram.

— Comecei a ensinar o Denis lá no Rio e me encantei. Quando o escolhi como par no primeiro espetáculo que dançamos juntos, senti como se tivéssemos feito isso a vida inteira. As pessoas foram se apaixonando pelo talento dele e o Denis foi crescendo. Em três anos no Theatro Municipal — diz Cecília —, ele fez todos os papeis principais.

O afeto entre os parceiros de dança, que contracenaram juntos em balés como Giselle, Raymonda e O Lago dos Cisnes – último de Denis no Rio –, é claramente mútuo, assim como o carinho que ambos têm pela escola de dança joinvilense.

— As aulas dela são maravilhosas. A Cecília é uma mãe, uma amiga, uma psicóloga, ela me ajudou muito. Mas, sem o Bolshoi, eu não seria nada. Lá fora, com um diploma da escola, você chega em qualquer companhia e eles te respeitam — conta Denis. novas e, após uma audição, tornou-se solista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde Cecília atua como bailarina principal até hoje e local onde os dois se conheceram.

— Comecei a ensinar o Denis lá no Rio e me encantei. Quando o escolhi como par no primeiro espetáculo que dançamos juntos, senti como se tivéssemos feito isso a vida inteira. As pessoas foram se apaixonando pelo talento dele e o Denis foi crescendo. Em três anos no Theatro Municipal — diz Cecília —, ele fez todos os papeis principais.

O afeto entre os parceiros de dança, que contracenaram juntos em balés como Giselle, Raymonda e O Lago dos Cisnes – último de Denis no Rio –, é claramente mútuo, assim como o carinho que ambos têm pela escola de dança joinvilense.

— As aulas dela são maravilhosas. A Cecília é uma mãe, uma amiga, uma psicóloga, ela me ajudou muito. Mas, sem o Bolshoi, eu não seria nada. Lá fora, com um diploma da escola, você chega em qualquer companhia e eles te respeitam — conta Denis.