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Itapema FM  | 26/07/2013 17h08min

Com alto índice de desabilitados, proponentes divergem sobre problemas no edital do Prêmio Elisabete Anderle

Maioria dos projetos foi desclassificada por problemas na documentação

Fernanda Oliveira  |  fernanda.oliveira@diario.com.br

Depois dos números, vieram as justificativas: a Fundação Catarinense de Cultura divulgou lista em que aponta caso a caso os motivos para a reprovação de 521 projetos na fase de habilitação do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2013, com a desclassificação de mais da metade dos 965 inscritos.

De acordo com o relatório da FCC, quase 500 propostas foram descartadas por problemas na documentação enviada (item 6 do edital), tais como itens ausentes ou falta de autenticação nas cópias. Outras 25 propostas foram descartadas por não respeitarem o texto do subitem 5.3, que dispõe sobre a forma e organização do conteúdo dos envelopes da inscrição. Acesse a íntegra do edital.

Embora ainda caiba recurso, o grande número de projetos reprovados gerou mais uma polêmica sobre o Elisabete Anderle. Para alguns proponentes, o texto não estava claro e houve privilégio para quem entregou a documentação pessoalmente.

– Primeiro o texto não estava claro e deixou margem para erros. Segundo eu soube que as pessoas que entregaram o envelope pessoalmente tiveram uma série de facilidades, como a chance de autenticar as cópias na hora. Você não pode beneficiar quem leva pessoalmente se um edital prevê inscrições pelos Correios. Independente do que aconteceu comigo, vejo que há problemas. Mas não pretendo entrar com recurso pois isso prejudicaria quem teve o projeto habilitado – declarou o músico Rodrigo Paiva, que teve o projeto desclassificado por causa de um comprovante de residência.

Já para o escritor Carlos Henrique Schroeder, que havia inscrito um projeto de circulação em escolas e teve a habilitação negada, o problema não foi o texto do edital.

– Acho que mandei uma certidão negativa que vencia no final de julho, e os documentos foram abertos no final de julho, acho que caí aí. Mereci, não entrarei com recurso. Tenho diversas críticas ao Anderle, pela demora da saída, pelos exíguos prazos de inscrição, mas quanto ao edital, estava claro, bem claro – afirmou Schroeder.

Em nota oficial, a FCC declarou que os proponentes tiveram um prazo de dois meses entre o lançamento do edital e o fim das inscrições para esclarecer dúvidas junto à Comissão de Organização e Acompanhamento (COA). A FCC informou ainda que os itens do edital poderão ser reavaliados futuramente para a próxima edição do prêmio.

Ao todo foram habilitados 444 projetos. Em duas áreas o número de habilitados não alcançou a cota de prêmios prevista no edital, que determina a seleção de 272 passagens de intercâmbio, sendo 180 para destinos nacionais e 92 internacionais, e 25 projetos em artes populares.

A próxima etapa do processo seletivo terá a formação da Comissão Autônoma de Seleção (CAS), composta por três especialistas em cada uma das sete áreas contempladas pelo edital. O resultado deve sair em setembro.

Em sua segunda edição, o Prêmio Elisabete Anderle irá distribuir R$ 7 milhões a 188 projetos culturais, além das 272 passagens de intercâmbio. O prêmio ficou três anos sem ser lançado após a estreia em 2009, quando recebeu perto de 1,5 mil inscrições.

VARIEDADES DC
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