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 | 22/03/2013 22h24min

Maratona Cultural de Florianópolis inicia com teatros lotados

CIC e TAC foram os pontos de maior procura na noite de abertura do evento

Marcos Espíndola  |  marcos.espindola@diario.com.br

A largada da terceira edição da Maratona Cultural de Florianópolis nesta sexta-feira foi uma reprise das anteriores: sobrou público para pouco espaço. A noite de abertura do festival foi reservada aos espaços fechados, com a apresentação da Camerata Florianópolis no Teatro Ademir Rosa (que pela primeira vez recebia um espetáculo da Maratona), o show do cantor e compositor francês Nicola Són, no Teatro Álvaro de Carvalho, além de uma encenação teatral na Casa das Máquinas, na Lagoa da Conceição. No Norte da Ilha, ocorreu uma exposição de artes e shows de bandas na Célula Cultural.

>>> Confira a galeria de fotos da terceira edição da Maratona Cultural

O CIC e o TAC foram os pontos de maior procura. Pontualmente, às 20h, começou a distribuição de ingressos, quando as filas faziam voltas nos saguões dos dois teatros. No Ademir Rosa, houve uma certa desorientação do público e da organização das filas.

Em meia hora os ingressos se esgotaram e o público começou a deixar o local. Alguns resignados por não terem chegado em tempo (atendendo a recomendação de chegar com pelo menos uma hora de antecedência) e outros indignados com o que chamaram de "desorganização". Um terceiro grupo resolveu esperar na porta do teatro por uma possível desistência que possibilitasse a entrada.

Para o CIC, a organização da Maratona disponibilizou 700 ingressos, de um total de 900, sendo que 20% teve que ser destinado à cota da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) devido à uma cláusula contratual. Na plateia uma flagrante diversidade de estilos e faixas etárias. Gente de terno e gravata, jovens de bermudas e bonés; gente uniformizada vinda do trabalho e fantasiada com máscaras de coelhos.

 
Foto: Cristiano Estrela/Agência RBS

Não se tratava de nenhuma alusão à Páscoa que se aproxima, mas um irreverente movimento em protesto à política do Governo do Estado (principal patrocinador da Maratona) de financiamento a projetos culturais e à censura de uma casa de shows que resultou na desistência da peça Kassandra e, a reboque, a saída de pelo menos oito espetáculos — todos substituídos, segundo a organização.

O movimento Operação Coelho de Troia surgiu nas redes sociais e levou pelo menos duas dezenas de pessoas ao CIC, que acabaram ficando de fora com o fim dos ingressos. Partiram como chegaram: silenciosos, descontraídos e democráticos.

A partir deste sábado, quando a Maratona entra no seu trecho mais extenso da programação, abrindo logo pela manhã, os coelhos de Troia devem se proliferar como preza a espécie original. Na apresentação mais concorrida da primeira noite, a Camerata de Florianópolis executou a Sinfonia nº 6 de Ludwig van Beethoven, chamada de Pastoral, que sugestivamente denomina seu quinto e último andamento de Hino de Ação de Graças dos Pastores, Após a Tempestade.

E assim, em graças com o público, encerrou a abertura de uma Maratona marcada por um clima dos mais adversos e tensos da sua breve história. Mas tem muito a percorrer até domingo e o tempo segue imprevisível.

DIÁRIO CATARINENSE
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