| 07/02/2013 20h04min
O governador de Santa Catarina Raimundo Colombo e o prefeito de Joinville Udo Döhler visitarão em Joinville nesta sexta-feira, às 11h45, o Núcleo de Assistência Integral ao Paciente Especial (Naipe), que é considerado referência nacional no atendimento a pessoas com deficiência.
O governador e o prefeito serão estarão acompanhados pelos secretários de Saúde do Estado, Dalmo Claro de Oliveira, e de Joinville, Armando Dias Pereira. Antes de se dirigirem ao Naipe, governador e prefeito cumprem agenda na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional às 10 horas e visita à Maternidade Darcy Vargas às 11 horas.
O Naipe, que completou 10 anos em 2012, é um serviço de saúde que realiza mais de três mil atendimentos mensais entre consultas com especialistas e assistências à pessoa com deficiência. A assistência integral do Naipe compreende atendimento nas áreas de odontologia, medicina (pediatria, neuropediatria, psiquiatria, clínica geral e ortopedia infantil), pedagogia, serviço social, terapia ocupacional, psicologia, fisioterapia, enfermagem e fonoaudiologia. O serviço atende das 7h às 13 horas e está localizado na rua Plácido Olímpio de Oliveira, 676, Bucarein.
Pouca gente sabe, mas um serviço oferecido a pessoas com deficiência intelectual em Joinville está servindo de exemplo para todo o País. O Núcleo de Assistência Integral ao Paciente Especial (Naipe), que na próxima terça-feira completa dez anos, foi reconhecido em novembro do ano passado como referência nacional neste setor, e o modelo adotado aqui deverá ser expandido para outras cidades.
Segundo o coordenador do Naipe, Eduardo Hudson Amaral, o que levou a entidade a receber o reconhecimento é que a unidade oferece, gratuitamente, pelo SUS, todos os serviços necessários para atender a pacientes com deficiência intelectual em um mesmo local.
A entidade, que oferta atendimento em áreas como odontologia, medicina, pedagogia e serviço social, tem três mil pacientes de todas as idades.
Desde recém-nascidos, como o pequeno Jonas Peterson de Souza, de três meses, que tem síndrome de Down, até adultos com deficiência intelectual, como Evandro Fortunato, 35 anos, que frequenta o Naipe há pelo menos oito anos.
— Pacientes com deficiência intelectual normalmente têm problemas de interatividade e adaptação. Aqui, eles são tratados sempre por uma mesma equipe, que trabalha de forma integrada —, explica o geneticista especialista em síndrome de Down Guilherme Colin.
Fabrício Silveira, de nove anos, tem síndrome de Down e frequenta o Naipe desde que nasceu. Ele está tão adaptado ao local que, durante a consulta odontológica, vestiu-se de dentista e usou fantoches para brincar com os profissionais.
O garoto estuda em uma escola regular e já pode sonhar com uma profissão. Ele ainda não escolheu o que quer ser, mas no Naipe poderá participar de capacitações para o mercado de trabalho.
— Trabalhamos essa questão da autonomia. Alguns moram sozinhos e levam uma vida independente —, conta Amaral.
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