| 10/03/2012 13h37min
Pouca gente sabe, mas um serviço oferecido a pessoas com deficiência intelectual em Joinville está servindo de exemplo para todo o País. O Núcleo de Assistência Integral ao Paciente Especial (Naipe), que na próxima terça-feira completa dez anos, foi reconhecido em novembro do ano passado como referência nacional neste setor, e o modelo adotado aqui deverá ser expandido para outras cidades.
Segundo o coordenador do Naipe, Eduardo Hudson Amaral, o que levou a entidade a receber o reconhecimento é que a unidade oferece, gratuitamente, pelo SUS, todos os serviços necessários para atender a pacientes com deficiência intelectual em um mesmo local.
A entidade, que oferta atendimento em áreas como odontologia, medicina, pedagogia e serviço social, tem três mil pacientes de todas as idades.
Desde recém-nascidos, como o pequeno Jonas Peterson de Souza, de três meses, que tem síndrome de Down, até adultos com deficiência intelectual, como Evandro Fortunato, 35 anos, que frequenta o Naipe há pelo menos oito anos.
— Pacientes com deficiência intelectual normalmente têm problemas de interatividade e adaptação. Aqui, eles são tratados sempre por uma mesma equipe, que trabalha de forma integrada —, explica o geneticista especialista em síndrome de Down Guilherme Colin.
Fabrício Silveira, de nove anos, tem síndrome de Down e frequenta o Naipe desde que nasceu. Ele está tão adaptado ao local que, durante a consulta odontológica, vestiu-se de dentista e usou fantoches para brincar com os profissionais.
O garoto estuda em uma escola regular e já pode sonhar com uma profissão. Ele ainda não escolheu o que quer ser, mas no Naipe poderá participar de capacitações para o mercado de trabalho.
— Trabalhamos essa questão da autonomia. Alguns moram sozinhos e levam uma vida independente —, conta Amaral.
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