| 09/08/2011 05h10min
A interdição da Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior, em Joinville, fechada desde a última quarta-feira, não cancelou apenas as aulas dos 1.200 alunos das três escolas de arte sediadas no local: também os eventos culturais que ocorreriam este mês na Casa da Cultura tiveram que ser adiados, sem data definida.
Desde semana passada, os diretores das três escolas (a Villa-Lobos, a Fritz Alt e a Escola Municipal de Ballet) estão em força-tarefa com a coordenação da Casa da Cultura à procura de espaços que possam ser locados temporariamente para abrigar as aulas, mas a busca ainda não resultou em lugares definidos.
Três eventos programados para a agenda da Casa da Cultura em agosto já foram cancelados: a audição aberta da Escola de Música Villa-Lobos, que ocorreria amanhã, o Projeto Musicando, também da Villa-Lobos, marcado para dia 22, e a exposição "To Be Continued", do artista Pablo Paniagua, que seria aberta amanhã com bate-papo com o artista.
— Os dois eventos da Villa-Lobos estão cancelados até acharmos um lugar público ou privado para alugar. Já os Recitais Especiais, que ocorrem no Teatro Juarez Machado, acontecem amanhã normalmente — afirma Patrícia.
Apesar de não haver problemas na galeria Victor Kursancew, ela também foi interditada por fazer parte do complexo da Casa da Cultura e utilizar a área externa do local, como os banheiros.
As duas exposições programadas para as próximas semanas (a exposição individual de Pablo e uma coletiva de artistas) devem ser transferidas para outras datas e locais.
— Já conseguimos uma parceria com a Associação de Artistas Plásticos de Joinville - Aaplaj e a galeria do Sesc, mas dependemos da disponibilidade destes locais, que só poderão ceder seus espaços a partir de setembro e novembro, respectivamente — avisa Nilton Tirotti, que coordena a galeria.
Ele acredita ter as novas datas das exposições fechadas até o fim desta semana. A procura por um espaço para as aulas da Casa da Cultura exige um local que contemple de 18 a 20 salas de aula, já que o ideal é que os alunos não precisem se deslocar para cumprir o currículo.
— Os alunos tem que fazer aula de seu instrumento e ainda as disciplinas teóricas, por isso não queremos ter grandes distâncias entre as salas de aula — afirma Patrícia.
No dia 18, a coordenação da Fundação Cultural deve ser chamada para audiência na Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Câmara de Vereadores de Joinville, na qual será discutido o restauro dos prédios de espaços culturais em Joinville.
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