| 04/11/2005 15h45min
O preço da carne, que foi fator de pressão da inflação na cidade de São Paulo em outubro, pode também puxar os preços em novembro. Em outubro, de uma alta de 0,63% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fipe, 0,18 ponto percentual veio da carne bovina. Segundo Paulo Picchetti, coordenador do índice, se tudo ocorrer naturalmente, a inflação deve ficar em 0,5% em novembro e 0,5% em dezembro, fechando o ano em torno de 5%.
– Não há nenhum grande fator de pressão para cima até o final do ano. Fica somente a indefinição sobre o preço da carne. Pela confusão geral, novembro pode ser contaminado com a febre aftosa, assim como aconteceu em outubro. Essa contaminação pode fazer o número ficar um pouco acima de 0,5% do IPC previsto – afirmou Picchetti.
O preço da carne vem se acelerando ao longo do mês, segundo o economista, ao contrário do que a maioria das pessoas acreditava. Logo no início das denúncias de focos da febre aftosa, os preços passaram a subir com mais força. Na primeira semana de outubro, o consumidor estava pagando na ponta 4,6% mais pela carne, percentual que passou para 7,8% na segunda prévia, 8,4% na terceira e 9,4% no fechamento do mês.
Já os suínos, que vinham subindo 3,9% na primeira semana de outubro, fecharam em queda de 0,1%. E o frango, que tinha alta de 9,8%, fechou na ponta, na quarta quadrissemana, em 0,3%.
Picchetti explicou que o preço da carne já estava em alta no início do mês por conta da recomposição das perdas acumuladas no ano e da chegada do período de entressafra. No ano, o preço da carne ainda acumula queda de 1%. Alguns aumentos já estão sendo esperados até o final do ano. Entre eles, o do cigarro e o reajuste de condomínios. Há ainda um pequeno aumento esperado para a água e esgoto em novembro e o de pacotes de viagem, em dezembro.
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