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Os seis presos sob a suspeita de participação no seqüestro e no assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), disseram à polícia que conhecem os autores do crime. Os acusados, porém, negaram ter envolvimento com os seqüestradores.
– Eles afirmam que sabem quem participou, mas não confessaram, não assumiram nada – afirmou ontem, dia 5, o deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), indicado pelo PT para acompanhar as investigações da polícia.
Essas informações foram repassadas pela polícia a Greenhalgh e, segundo ele, podem ser as principais dicas para resolver esse caso. Os seis homens foram presos nos últimos dois dias na favela Jardim Pantanal (zona sul de São Paulo), nas proximidades do local onde foi achado um cartão de plano de saúde do prefeito.
Após o rastreamento do telefone celular do prefeito, foi constatado que o aparelho recebeu, na região da favela Jardim Pantanal, duas chamadas telefônicas na noite do dia 18, pouco depois do seqüestro. O único preso que teve o nome divulgado é Manoel Dantas de Santana Filho, 29 anos, o Cabeção. Ele é apontado como líder de uma quadrilha especializada em seqüestros relâmpago.
Pelo menos outras quatro pessoas, que também são moradores da favela Jardim Pantanal, estão foragidas. A quadrilha, de acordo com uma testemunha preservada em sigilo pela polícia, costumava utilizar como cativeiro o bar abandonado onde foi encontrado o documento do prefeito. A pedido do delegado Edson Santi, do Deic, a Justiça prorrogou a prisão dos suspeitos. Eles ficarão detidos por pelo menos mais 15 dias.
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Agílio Monteiro Filho, afirmou ontem que “não existe nenhum dado que comprove a real atuação da Frente de Ação Revolucionária Brasileira (Farb)”. Segundo Monteiro Filho, nenhum órgão de inteligência do governo “encontrou até agora qualquer indicativo” da existência da organização clandestina que, por e-mails e cartas, assumiu a autoria das ameaças a prefeitos do PT.
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