| 16/09/2005 14h47min
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mensalão, senador Amir Lando (PMDB-RO), afirmou hoje em entrevista à Rádio Gaúcha, que a existência ou não do mensalão é irrelevante para a comissão. Segundo ele, o que precisa ser investigado é se os parlamentares receberam vantagens irregulares – o que Lando está convencido que aconteceu.
– Tem que ver se alguém levou proveito ilícito. A idéia de mensalão dá a idéia de periodicidade – afirmou o presidente da CPI, afirmando que as irregularidades serão analisadas, independentemente de terem sido periódicas ou não.
Lando acredita que, com as quebras do sigilo bancário, muita coisa poderá ser esclarecida.
– O caminho do dinheiro é o caminho verdadeiro, no sentido de que está ali quem recebeu e quem não recebeu – afirmou o senador.
Para o presidente da comissão, a CPI abriu um leque imenso de investigação, o que fez com que se perdesse o foco. Ele defende que, daqui pra frente, seja feito um trabalho de “assepsia, de concentração, de objetividade”. Lando acredita que o principal seja descobrir quem pagou, quem recebeu e de onde veio o dinheiro. A principal dificuldade, para o senador, é que as investigações dependem basicamente das testemunhas.
– Se elas não abrem, não se pode arrancar uma obrigação à força. É evidente que a investigação democrática é uma investigação que segue os mecanismos da inteligência.
Lando acredita que os trabalhos da CPI do Mensalão sejam encerrados em meados de novembro. Quando questionado sobre a participação de Lula nos esquemas de corrupção, o senador afirmou que não há nada, pelo menos até agora, que indique a vontade pessoal do presidente. Ele comparou o caso com a CPI que investigou Fernando Collor, quando foram encontradas provas que demonstravam uso do dinheiro no pagamento de contas pessoais do ex-presidente.
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