| 13/09/2005 19h34min
O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), negou hoje que o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenham acertado uma posição comum em relação às denúncias contra o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE).
Segundo Chinaglia, o PT decidiu encaminhar a representação contra o presidente da Câmara à Corregedoria-Geral – e não ao Conselho de Ética, como fizeram outros partidos – para garantir o princípio do direito de defesa.
– Embora eu seja radicalmente contrário às posições de Severino, nem por isso farei prejulgamentos – disse.
Chinaglia garantiu que o governo não deseja impedir a realização de investigações sobre as denúncias contra Severino. Ele considera "fácil" o esclarecimento da verdade sobre o documento cuja assinatura o empresário Sebastião Buani atribui ao presidente da Câmara. Há duas perícias contraditórias quanto ao documento: uma considera a assinatura autêntica, a outra aponta a existência de falsificação.
Chinaglia (PT-SP) está depondo no Conselho de Ética. Ele é testemunha de defesa do deputado José Dirceu (PT-SP), que está respondendo à representação por quebra de decoro parlamentar.
No depoimento, Chinaglia disse que o esquema do mensalão não está provado. Segundo ele, os fatos que apareceram até o momento devem ser explicados pelos dirigentes do PT que foram responsáveis pelas operações.
Chinaglia lembrou que a primeira denúncia sobre o mensalão foi feita em setembro de 2004, em matéria do Jornal do Brasil. Na época, a Câmara abriu uma comissão de sindicância para apurar o caso, que foi encerrado porque "nenhum deputado – nem mesmo o suposto denunciante, Miro Teixeira - confirmou a denúncia".
AGÊNCIAS O GLOBO E BRASILGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.