| 19/08/2005 17h28min
Os parlamentares de oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva consideram graves as denúncias contra o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. O líder da Minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), reagiu com um misto de cautela e ironia ao comentar as denúncias feitas pelo advogado Rogério Buratti, ex-assessor de Antonio Palocci quando o atual ministro era prefeito de Ribeirão Preto. S
egundo Aleluia, não há motivo para decisões apressadas sobre o ministro, até porque as denúncias feitas por seu ex-assessor não são diferentes das que já foram feitas contra o governo até agora. O pefelista disse ainda que o desgaste de Palocci enfraquece toda a equipe econômica, citando especificamente o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Murilo Portugal.
O líder do PSDB no Senado, senador Arthur Virgílio (AM), disse que a notícia é grave. Segundo ele, Rogério Buratti teria feito acusações numa área que idealmente deveria passar ao largo dessa crise. Se confirmados esses boatos, observou, o país poderá entrar numa fase mais aguda da crise, que deverá comprometer e ameaçar a própria estabilidade da equipe econômica do governo.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que, se houver provas, a situação do ministro da Fazenda fica insustentável:
– O governo é um pato manco.
A denúncia do ex-assessor de Palocci levou a CPI dos Bingos a estudar a convocação do ministro da Fazenda para prestar esclarecimentos sobre suposto esquema de corrupção na prefeitura de Ribeirão Preto. O senador José Jorge (PFL-PE), líder da minoria no Senado, disse que vai solicitar à CPI dos Bingos o comparecimento de Palocci.
– Se tivermos o ministro da Fazenda baleado, para aonde vai esse país? Pretendo esperar as explicações dele (Palocci), mas a notícia é gravíssima. Ele tem de ser convocado para depor na CPI dos Bingos – disse José Jorge.
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