| 11/08/2005 18h56min
O ex-assessor da Casa Civil e ex-presidente da Loterj Waldomiro Diniz depôs por aproximadamente cinco horas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos.
Protegido por um habeas corpus, Waldomiro obteve o direito de não responder a todos os questionamentos dos parlamentares.
Respondendo aos senadores Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM) e Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Waldomiro negou conhecer qualquer fato referente ao assunto mensalão.
Waldomiro afirmou ao senador Leonel Pavan (PSDB-SC) que fazia visitas diárias à Câmara dos Deputados no período de votação de projetos, em decorrência das funções desempenhadas no cargo de assessor parlamentar. Waldomiro disse que não participava de discussões e que não intermediava a liberação de recursos públicos. Pedidos formais nesse sentido, segundo ele, deveriam ser encaminhados diretamente ao ministério pertinente.
Sobre processo de renovação do contrato da multinacional Gtech com a Caixa Econômica Federal, o ex-assessor negou qualquer participação. Ele é acusado de participar das negociações, que envolveriam uma propina milionária. Waldomiro disse que não tinha interesse na renovação do contrato.
O ex-chefe da Subsecretaria de Assuntos Parlamentares da Presidência da República afirmou que sabia de que os nomes indicados para ocuparem cargos no governo passavam pelo crivo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Waldomir disse ainda que era Marcelo Sereno quem tratava das nomeações para o Palácio do Planalto.
Waldomiro confirmou ter repassado R$ 100 mil para a campanha do candidato do PT ao governo do Distrito Federal, Geraldo Magela, em 2002. Ele disse que recebeu o dinheiro das mãos do empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e repassou integralmente o valor da doação a um assessor de Magela, de nome Paulinho. Waldomiro enfatizou que resolveu contrariar a orientação dos seus advogados e confirmar a doação devido a processo judicial movido por Magela contra ele.
O ex-assessor afirmou que não extorquiu Carlinhos Cachoeira, como mostra fita exibida pela imprensa. Waldomiro confirmou o encontro com o empresário, mas disse que defendia interesses de Armando Dile. O depoente confirmou na CPI que Cachoeira solicitou a ele que alterasse edital de licitação da Loteria do Rio de Janeiro (Loterj).
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