| 18/01/2005 16h46min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem respaldo da Venezuela para empreender ações que poderiam dar fim a um impasse diplomático envolvendo os governos venezuelano e colombiano.
A crise começou quando o integrante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Ricardo Gonzáles, o Granda, foi capturado em dezembro. O conflito diz respeito ao possível seqüestro em território venezuelano, pelo governo colombiano, do líder guerrilheiro. Os presidentes dos dois países estão em negociação para libertá-lo.
Lula se encontra na tarde desta quarta, 19, com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe. De acordo com a assessoria do Ministério das Relações Exteriores, a reunião – atendendo a convite de Uribe – será em Letícia. A cidade colombiana fica na fronteira com Tabatinga (AM), onde, no mesmo dia, Lula reinaugura o Projeto Rondon. Entre os temas a serem tratados, está a segurança na região amazônica, integração física, assuntos fronteiriços,
comércio e investimentos, além de
Comunidade Sul-Americana de Nações e intensificação das ações no âmbito da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
Sobre o conflito entre Colômbia e Vezenzuela, o porta-voz da Presidência da Repúbica, André Singer, disse na segunda que o governo brasileiro está disposto a ajudar, desde que haja uma demanda de um dos dois países.
– Tudo o que os bons amigos da Colômbia e da Venezuela puderem fazer será bem-vindo, disse o chanceler Alí Rodríguez.
As assessorias presidenciais vão aproveitar o encontro para preparar a vista do presidente Lula a Bogotá, no segundo semestre deste ano. O último encontro dos dois presidentes ocorreu em São Paulo, em de junho de 2004, quando inauguraram a Macro-Rodada de Negócios.
No ano passado, Brasil e Colômbia alcançaram intercâmbio comercial recorde de U$$ 1,074 bilhão. As exportações brasileiras para a Colômbia são atualmente muito maiores (US$ 943 milhões) do que as
importações (US$ 131 milhões). A Petrobras, com
investimentos de US$ 400 milhões, extrai 40 mil barris diários de petróleo naquele país.
Com informações da agência AP e da Agência Brasil.
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