| 01/04/2004 11h30min
Em greve há 12 dias, os servidores da Segurança realizam nesta quinta, dia 1°, a partir das 17h caminhada silenciosa do Largo Glênio Peres até o Palácio Piratini. Os manifestantes irão carregar velas e caixões até a sede do governo estadual. Os grevistas aguardam resposta do governo para a reivindicação de reajuste parcelado de 28% ou de um abono mensal de R$ 200 até a definição da nova matriz salarial. O secretário estadual José Otávio Germano reiterou na terça, dia 30, que não há condições de conceder o reajuste, mas aceita discutir o principal objetivo da categoria, que é a elaboração da matriz salarial.
Às 18h, agentes penitenciários ameaçam entregar as chaves dos presídios. Com mais autonomia em relação a outras categorias da segurança, os agentes penitenciários decidiram manter a paralisação elaborando uma proposta própria. Eles exigem plano de carreira para entrar em vigor em 90 dias e aposentadoria especial. Se a secretaria não responder até o horário estipulado, os agentes prometem radicalizar e entregar as chaves dos presídios. A Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) deverá ser o primeiro a ter as chaves entregues.
A deflagração da nova fase da greve dos agentes penitenciários ameaça a segurança das prisões gaúchas. Desde o começo do movimento os agentes estavam com as atividades parcialmente paralisadas, mas permaneciam dentro dos presídios. Agora, apenas 30% dos efetivos podem ficar no interior dos estabelecimentos. Na tarde desta quarta, os agentes fizeram assembléia no bairro Intercap, em Porto Alegre, quando votaram pela continuidade da greve.
As informações são da Rádio Gaúcha.
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