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O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, negou nesta sexta, dia 16, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha dúvidas sobre que tipo de reforma ministerial pretende fazer. No dia anterior, após almoço em sua casa em Brasília com o presidente Lula e o governador do Paraná Roberto Requião (PMDB), Dirceu disse que o presidente tinha dois cenários, o de uma reforma político-administrativa e o de uma reforma apenas administrativa.
– O presidente não tem dúvida sobre nada, ele sabe muito bem o que vai fazer. O problema é que ele está criando as condições políticas para fazê-lo – disse o ministro durante evento em São Paulo na manhã desta sexta, dia 16.
A mudança política seria apenas para acomodar o PMDB no primeiro escalão. A reforma administrativa implicaria mudanças administrativas nos pontos considerados negativos na máquina do governo, como o excesso de ministérios. Segundo Dirceu, Lula já dispõe das informações necessárias para fazer a reforma.
– Hoje mesmo conversamos no avião – disse o ministro.
Pela manhã, ele e Lula vieram no mesmo vôo de Brasília para São Paulo. O presidente seguiu para Poços de Caldas (MG) e depois vai para Piracicaba, no interio de São Paulo. De acordo com a Presidência, Lula deve passar o final de semana em São Bernardo do Campo.
– No final de semana vamos manter contato e retomar o trabalho na segunda – acrescentou.
O ministro disse ainda que, se houver necessidade de apresentar contrapropostas aos partidos aliados, isso será feito. Dirceu referia-se especialmente a casos como do PMDB, que ainda estuda as propostas feitas pelo governo. Ele voltou a dizer que não há prazo para a reforma, que ela pode ocorrer antes ou depois do presidente voltar da viagem à Índia e Genebra, entre 24 e 29 de janeiro.
Ele acrescentou que também não há nenhum constrangimento em começar os trabalhos no Congresso sem que os partidos tenham sido contemplados com cargos no primeiro escalão. A convocação extraordinária do Congresso começa na próxima segunda e vai até dia 13 de fevereiro.
– A convocação não tem problema, porque temos uma base ampla de sustentação ao governo no Congresso – afirmou.
As informações são da agência Reuters.
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