Além de estar firme na briga por uma das quatro vagas para as semifinais do Campeonato Paulista, o Palmeiras pode, dentro de 15 dias, comemorar outro título, sem dúvida, o mais importante da história do clube. Depois de muitas tentativas junto à Fifa (desde 2001) a direção do Alviverde deverá receber uma resposta positiva da entidade maior do futebol e ter reconhecido o título da Copa Rio de 1951 como o primeiro título mundial de um time brasileiro.

– Existe aquela fumaça, mas oficialmente ainda não recebemos nenhuma posição. Vamos aguardar uma posição, pois não queremos festejar sem uma certeza – avisou Fernando Pizzo, assessor da presidência palmeirense.

Segundo Pizzo, a Fifa deve soltar uma nota oficial ainda nesta quinzena confirmando o título mundial do Alviverde. Extra-oficialmente, no entanto, acredita-se que a posição já foi tomada e que o Palmeiras deve ser anunciado como campeão mundial durante esta semana. Para o atacante Edmundo, a notícia causará polêmica:

– Não fazia nem idéia, mas acho que algumas pessoas vão tirar sarro, como fazem com o Corinthians. Mesmo assim, acho que tudo o que traz coisas positivas para o clube tem de ser feito é bem-vindo.

Participaram da competição em 1951: Áustria Viena (Áustria). Estrela Vermelha (Iugoslávia). Juventus (Itália). Nacional (Uruguai). Olympique Nice (França). Sporting (Portugal). Palmeiras (campeão paulista) e Vasco da Gama (campeão carioca). Na fase de classificação, o Verdão levou 4 a 0 da Juventus, mas guardou a revanche para as finais.

O primeiro jogo da decisão aconteceu no dia 18 de julho, no Pacaembu. O Palmeiras venceu os italianos por 1 a 0, gol de Rodrigues. O segundo jogo foi disputado no Maracanã, em 22 de julho de 1951, e terminou com o placar de 2 a 2. Richard e Liminha marcaram para os brasileiros e Boniperte e Praest para os italianos. O time do Palmeiras jogou com Fábio; Salvador e Juvenal; Túlio, Luiz Vila e Dema; Lima, Ponce de Leon (Richard), Liminha, Jair da Rosa Pinto e Rodrigues. O técnico do Verdão campeão mundial era Ventura Cambon.

GAZETA PRESS