Centenas de famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) recuaram hoje para uma área de cinco hectares cedida pelo proprietário ao lado da fazenda Coqueiros, no norte do Rio Grande do Sul. A Brigada Militar cerca o local para tentar identificar as pessoas que estão no acampamento. Um dos líderes do MST relata que a situação no local é tensa e que o movimento não vai permitir que os colonos sejam revistados e identificados.

A Brigada Militar esperava que os sem-terra retornassem para outros seis acampamentos e assentamentos do movimento no Estado. A BM tenta levar adiante a identificação dos manifestantes e verificar os equipamentos da fazenda ocupada.

Conforme a BM, o batalhão de choque irá reforçar a segurança da Expodireto, que começa nesta segunda, em Não-Me-Toque.

Ao todo, 500 famílias participaram da ocupação. Ontem a Justiça determinou que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) assentasse 175 das famílias na fazenda Coqueiros, que já foi alvo do MST por quatro vezes em dois anos.

A ocupação começou no dia 28 de fevereiro, quando 60 ônibus, 35 caminhões e 20 carros chegaram ao local às 5h provenientes de acampamentos montados em Sarandi, Pontão, Não-Me-Toque e Nonoai.