| 08/03/2006 09h02min
Com voto secreto em plenário, a Câmara julga hoje os pedidos de cassação dos mandatos dos deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP). Os dois foram condenados pelo Conselho de Ética por envolvimento no esquema do empresário Marcos Valério.
Ex-ministro da Previdência no governo Fernando Henrique, Brant recebeu R$ 150 mil da empresa SMP&B em agosto de 2004. Em sua defesa, o mineiro chegou a negar o caixa dois. No Conselho, admitiu que usou o recurso para quitar gastos de propaganda eleitoral porém antes do início da campanha.
Já o ex-líder do PT na Câmara também negou o envolvimento com o mensalão. Posteriormente, admitiu que o assessor José Nilson dos Santos sacou R$ 20 mil da conta da mesma empresa em dezembro de 2003. No Conselho, o parlamentar disse que não autorizou Santos a sacar a verba.
O primeiro processo a ser julgado será o de Brant. Comenta-se na Câmara, que o parlamentar do PFL tem mais chances de absolvição. O boato fez o PT reagir.
– Sinto que há, por parte do PFL e do PSDB, um tratamento absolutamente complacente com um ex-ministro do governo Fernando Henrique em contrapartida um tratamento absolutamente duro e cruel aos parlamentares que fazem parte do PT ou da base do governo – analisa o presidente do PT, Ricardo Berzoini.
O PSDB não concorda. O líder do partido na Câmara, Jutahy Magalhães, descarta qualquer tipo de acordo.
– Minha convicção é: envolvido em mensalão, em corrupção, em perda de respeito ao mandato, indigno para ficar na casa, vota-se contra. Agora, cada deputado deve decidir de acordo com sua convicção – explica.
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