| 07/03/2006 13h26min
O relatório do deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS) recomenda a cassação do mandato de João Paulo Cunha (PT-SP) alegando que, "de todos os processos analisados até agora, a materialidade dos fatos atribuída ao representado é a mais indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente comprovada". O relator cita o relacionamento de João Paulo com o empresário Marcos Valério e sua gestão na Presidência da Câmara. Schirmer afirma que o contato entre os dois era intenso, que mantiveram reuniões com interesse privado e que a origem e o destino dos R$ 50 mil sacados na agência do Banco Rural em Brasília eram "espúrios".
“Ao receber um dinheiro da empresa do senhor Marcos Valério, contratado pela Câmara, o deputado não objetivou em sua atuação nenhum interesse público. Percebeu sim, em proveito próprio, vantagem indevida no exercício da atividade parlamentar” diz o relatório, que utiliza as expressões "omissão intencional de informações relevantes, proveito próprio, intermediação e sub-contratações indevidas, mentiras e omissões" para classificar as irregularidades que teriam sido cometidas por João Paulo. Ainda segundo o relatório, as pesquisas de opinião encomendadas pelo ex-presidente da Câmara atenderam a seu interesse político pessoal. O relatório termina concluindo que "não é crível" que a contratação da SMP&B para auxiliar na campanha à Presidência da Casa, o café de manhã de 3 de setembro, o saque de R$ 50 mil em 4 de setembro, a vitória no processo licitatório, a presença da empresa do Marcos Valério em Osasco em 2004 tenham sido coincidência. Para o relator, são "todos fatos comprovados e sem explicação convincente", suficientes para recomendar a cassação. AGÊNCIA O GLOBOGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.