O eventual substituto do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, poderá ser o problema ou a solução. A avaliação é do economista Silvio Campos Neto, do Banco Schahin.

– O que o mercado mais teme é uma flexibilidade maior na política econômica, com alteração no regime de metas de inflação, por exemplo – disse ele.

O nome do deputado Aloizio Mercadante, diz o economista, seria recebido com bastante cautela. Isso porque ele já admitiu que é a favor das metas de inflação, mas mostrou discordância com as metas muito apertadas. Segundo Campos Neto, um possível substituto de Palocci deverá deixar bem claro ao mercado quais serão as diretrizes da sua gestão.

– O mercado vai reagir negativamente a uma troca de ministros, mas somente em um segundo momento é que se saberá qual será o tom dos negócios – disse.

Quanto a mudanças estruturais mais radicais, que levem o país a um risco de insolvência ou controle de capitais, é descartado pelo economista. Esse temor gerou fortes estragos no mercado em 2002, às vésperas da eleição presidencial. Hoje esse temor não existe, diz ele.

AGÊNCIA O GLOBO