| 05/11/2005 15h15min
Depois de dividir as atenções na IV Cúpula das Américas com o desafeto venezuelano Hugo Chávez, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, desembarca hoje em Brasília disposto a traçar acordos estratégicos. Bush busca no presidente Luiz Inácio Lula da Silva um aliado para evitar mais um fiasco nas negociações comerciais da Organização Mundial do Comércio (OMC). E, principalmente, quer a manutenção de Lula no papel de interlocutor junto ao governo Chávez.
A situação da Venezuela foi um dos temas já tratados na conversa entre os dois no início da semana por telefone. A questão tem até título: "A promoção da democracia no continente". Há um sentimento de que Chávez pode estar influenciando o processo eleitoral na Bolívia.
O brasileiro é encarado como um líder moderado, com capacidade de diálogo junto a autoridades da região. Lula pode ser o fio condutor que Bush precisa até mesmo na tentativa de ressuscitar as negociações da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Lula prefere não assumir uma posição tão radical quanto à Alca, deixando a porta aberta às negociações. Lula também não abandonou a idéia de ocupar uma vaga no Conselho de Segurança das Nações Unidas e insistirá no apoio de Bush.
Em Brasília, Bush encontrará uma verdadeira operação de guerra. Foi preparada a maior estrutura de segurança já organizada para receber uma autoridade na capital federal. Atiradores de elite, dois helicópteros da Polícia Federal (PF), cães farejadores, esquadrão anti-bombas foram mobilizados. No total, 500 homens da PF, 100 homens da Marinha, Exército e Aeronáutica e cerca de 1,2 mil homens da Polícia Militar participam da Operação América, como foi batizado o esquema de segurança.
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