O cenário positivo e a influência de investidores do mercado futuro levaram o dólar a fechar em queda de 1,18% nesta sexta-feira, cotado a R$ 2,262 na venda e R$ 2,264 na venda. Com isso, a moeda americana neutralizou os ganhos da semana e fechou o período em baixa de 0,09%. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia 1,29% por volta das 17h, com 29.509 pontos

O principal destaque do dia veio do cenário externo. O Produto Interno Bruto (PIB) americano cresceu 3,8% no terceiro trimestre, mesmo com os estragos dos furacões Katrina e Rita. No trimestre anterior, o PIB havia crescido 3,3%. O temor era de que os Estados Unidos estivessem em "estagflação", situação em que a economia não cresce, mas há inflação.

Com a melhora do humor dos investidores estrangeiros, houve demanda para títulos e ações do Brasil e outros países emergentes. No cenário interno, um dos destaques foi o resultado das contas correntes de setembro, que revelou superávit de US$ 2,380 bilhões, contra US$ 1,749 bilhão no mesmo mês de 2004. Outra notícia positiva foi que o fluxo cambial do país ficou positivo em US$ 2,487 bilhões este mês, até dia 21.

Mas a pressão de venda sobre o dólar teve um fator extra, e que fez a diferença. A proximidade do final do mês levou investidores "vendidos" do mercado futuro (que apostam na queda) a pressionar a cotação para baixo. Essa pressão ganhou força depois que o Banco Central promoveu um leilão de compra de dólares, pouco antes das 13 horas. O BC comprou recursos por R$ 2,2815.

As projeções dos juros negociadas no mercado futuro fecharam em leve baixa nesta sexta-feira, acompanhando o bom desempenho do restante do mercado. O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou em 18,54% ao ano, contra 18,56% do fechamento de quinta-feira. O DI de abril do ano que vem teve a taxa reduzida de 18,06% para 18,04% anuais. A taxa do DI de janeiro de 2007 caiu de 17,59% para 17,56% anuais. A taxa Selic está hoje em 19% ao ano.

AGÊNCIA O GLOBO