O líder do PFL no senado, senador José Agripino (RN), disse hoje que o senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), foi vítima de farsa na última semana, quando cartazes foram espalhados por Brasília, comparando o parlamentar ao ditador nazista Adolph Hitler. Agripino culpou o PT pela farsa e cobrou uma declaração do partido sobre o fato, criticando integrantes do PT e a corrupção no governo.

O senador afirmou que o partido não costuma punir as irregularidades cometidas, e citou como exemplos os empréstimos tomados pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares do empresário Marcos Valério, acusado de operar o mensalão, e os episódios ligados ao assassinato do prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel.

Agripino disse que era para o presidente do PT, Ricardo Berzoini, "dobrar a língua" ao falar de Bornhausen, pois, ao criticar o PFL, "se esquece do PT". Defendeu também o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), dizendo que o senador baiano "nunca deixou velhinhos esperando em fila", quando era ministro da Previdência, ao contrário de Berzoini que, ao ocupar o mesmo cargo, determinou que os aposentados se submetessem às filas de recadastramento, sob pena de não receberem seus benefícios.