| 27/10/2005 18h16min
Visivelmente nervoso, o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas reafirmou ao relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mensalão, Ibrahim Abi-Ackel, que desconhecia os valores que recebia e eram repassados ao partido no suposto esquema do mensalão. Lamas afirmou, durante acareação, que, nas oito vezes em que foi ao Banco Rural receber dinheiro das contas do empresário Marcos Valério, não abriu os pacotes que carregou.
A diretora financeira da agência de publicidade SMP&B, Simone Vasconcellos, disse que sempre informou a Lamas os valores que entregava. Ela reconheceu, porém, que o ex-tesoureiro jamais conferiu a quantia que recebia. Ainda segundo Simone, Lamas recebeu no total R$ 2,4 milhões, entregues em 14 pastas diferentes. A maior remessa teria sido de R$ 500 mil. De acordo com ela, nem todos os repasses foram feitos no Banco Rural, mas algumas vezes em um hotel de Brasília.
– Nem todas as vezes estive presente no repasse, mas sempre deixei a autorização do saque para Lamas – contou ela.
Simone confirmou que o dinheiro era sempre acondicionado em envelopes. Ela lembrou que, em muitas ocasiões, o ex-tesoureiro do PL chegava com sacolas de presente para guardar o dinheiro.
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