O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador do mensalão, participa de acareação a partir das 10h desta quinta com um dos principais personagens da atual crise política, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

Delúblio poderá ficar calado e não responder a perguntas que o incriminem graças a uma liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello. Segundo o despacho, Delúbio tem o direito constitucional de permanecer em silêncio porque será ouvido como investigado. Além disso, ele também poderá estar acompanhado de seu advogado durante a acareação.O pedido de hábeas corpus funciona como salvo-conduto para que o ex-tesoureiro não seja preso por falso testemunho.

A superacareação, como está sendo chamada, é promovida pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) do Mensalão. A sessão ainda reunirá o ex-deputado Valdemar Costa Neto, o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas, o primeiro-secretário do PTB, Emerson Palmieri, o ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos, o assessor do líder do PP, João Cláudio de Carvalho Genu, e a diretora financeira da SMPB, Simone Vasconcelos.

Valério, Simone e Delúbio ficarão juntos na Mesa Diretora da CPI. Os demais convocados serão chamados um a um e tanto o relator quanto o presidente da comissão asseguram que não haverá debates paralelos. Na semana passada, logo que foi confirmada a acareação, o presidente da CPI do Mensalão, senador Amir Lando (PMDB-RO), prometeu objetividade.

O relator, deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), disse que não haverá espetáculo à opinião pública.

AGÊNCIAS CÂMARA E O GLOBO