| 24/10/2005 16h38min
O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, decretou Estado de Emergência Sanitária no final da manhã desta segunda-feira. O decreto permitirá ao governo do Estado e às prefeituras ações mais rápidas e eficazes.
De acordo com a Secretaria da Agricultura, o Estado de Emergência formaliza a adoção de medidas já tomadas, como a proibição do ingresso de qualquer produto de origem animal pela divisa do Paraná e a suspensão, por tempo indeterminado, de todos os eventos agropecuários previstos até o final do ano.
A determinação também acelera processos licitatórios e pedidos de auxílio, como o de tropas federais para atuar nas barreiras sanitárias.
– Estamos agindo absolutamente sob critérios técnicos, atendendo recomendação da Organização Mundial de Saúde Animal – declarou o secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa.
A medida foi tomada junto com o pedido de apoio de tropas do Exército para atuar nas barreiras montadas pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), ajudando a evitar a ocorrência de febre aftosa no Estado.
O pedido de auxílio ao vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, foi encaminhado logo após a reunião convocada por Luiz Henrique com técnicos da Secretaria da Agricultura e da Cidasc para avaliação do quadro no Estado hoje.
Há 14 anos não há registro de qualquer caso da doença em Santa Catarina, considerado pelo Ministério da Agricultura como Área Livre da Febre Aftosa sem vacinação, em 2000.
Luiz Henrique afirmou que Santa Catarina vai manter a política de não-vacinação do rebanho, estimado em 3,5 milhões de cabeças.
– Se vacinarmos agora, a imunidade do gado ficará ainda mais baixa. Caso haja ingresso de algum animal infectado em território catarinense, a Cidasc está capacitada para isolar a área do foco e sacrificar os animais ou proceder a vacinação exclusivamente neste local – disse o governador.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Paulo Ernani de Oliveira, todas as decisões do governo estadual, inclusive na questão da não-vacinação, são adequadas.
Desde o surgimento dos primeiros focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul, neste mês, a Cidasc reforçou as 43 barreiras sanitárias nas fronteiras de Santa Catarina com a Argentina, Paraná e Rio Grande do Sul.
Nelas trabalham 250 barreiristas, incluindo médicos veterinários. O grupo conta ainda com a participação de 105 policiais militares.
A Cidasc atende denúncias pelo telefone 0800 643-9300.
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