| 19/10/2005 18h53min
O secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Moacir Sopelsa, disse nesta quarta que o aumento no preço da carne no varejo não está relacionado ao embargo de carne bovina proveniente de estados ao Norte do Paraná.
Segundo Sopelsa, apesar do bloqueio por causa dos focos de febre aftosa, o preço da arroba do boi vivo pago ao pecuarista catarinense mantém-se inalterado, em R$ 51, há nove dias.
De acordo com o coordenador da área de Preços da Epagri/Cepa, João Manoel Anderson, a arroba do boi vivo estava sendo comercializada a R$ 49,50 no dia 3 de outubro e passou para R$ 51 no dia 11, dia seguinte ao bloqueio oficial das barreiras sanitárias na divisa com o Paraná.
Desde então, o preço pago ao produtor estabilizou-se. A exceção ocorreu na região de Rio do Sul, onde a arroba chegou a ser comercializada a R$ 53 durante dois dias, mas nesta terça já havia recuado ao patamar anterior. Os preços pagos ao produtor são apurados diariamente em cinco regiões polarizadas pelos municípios de Chapecó, Joaçaba, Rio do Sul, Laguna e Florianópolis.
Os catarinenses consomem anualmente 185 mil toneladas de carne bovina, das quais 125 mil são produzidas no Estado.
Desde a flexibilização do bloqueio de produtos de origem animal (aves e suínos) ocorrido na terça-feira, diminuiu a pressão nos 15 pontos de fiscalização na divisa com o Paraná. Cerca de 150 caminhões voltaram a ingressar em Santa Catarina a cada dia, carregados principalmente com carnes e derivados de aves e suínos.
Além disso, diminuiu a tensão nas 25 barreiras localizadas ao Sul, já que o Rio Grande do Sul, a partir da reunião de segunda-feira em Florianópolis, adotou portaria de controle idêntica à catarinense.
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