| 06/10/2005 15h02min
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, descartou hoje a possibilidade de que o governo intervenha no câmbio, apesar do dólar ter caído nos últimos dias a seus menores níveis contra o real desde maio de 2002. Palocci afirmou que a interferência "não é uma boa política” e que “isso nunca dá certo" e esclareceu que, pelo menos para o Ministério da Fazenda, o dólar não tem um piso mínimo no Brasil.
O ministro da Fazenda, que defendeu a política de liberdade cambial, esclareceu que o Banco Central (BC) só está comprando dólares no mercado para recompor suas reservas internacionais, aproveitando a baixa cotação da moeda americana. Em duas ocasiões nesta semana, o BC foi ao mercado comprar dólares, o que não fazia há seis meses, e impediu que o dólar continuasse caindo.
Já o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse que não há dúvida de que o dólar desvalorizado desestimula as exportações e que pode prejudicar o crescimento da economia no futuro, entre outras conseqüências negativas. Segundo ele, o dólar baixo prejudica sobretudo as exportações de calçados, linha branca e automotivos, setor em que as empresas já estariam revendo suas projeções para o ano que vem.Furlan disse que conversou ontem com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, mas sobre a pressão dos Estados pelo ressarcimento pela desoneração do ICMS das exportações. Furlan disse ter ouvido de Palocci que em breve será adotado um mecanismo eficiente que permite o ressarcimento às empresas. Segundo ele, há casos em que os recursos repassados aos Estados não são repassados aos exportadores.
– Cada jogador da equipe de governo tem uma posição. A minha é de atacante, fazer gol, a do Palocci é de retaguarda. Eu e Palocci trabalhamos muito bem. Ele respeita a minha idade e eu respeito a competência dele – brincou Furlan.
AGÊNCIA GLOBO
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