| 24/09/2005 16h27min
Dados em poder da CPI dos Correios revelam 53 chamadas do telefone celular do empresário Marcos Valério de Souza para o celular do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e mais duas no sentido inverso entre 2001 e 2002. Na campanha de Azeredo à reeleição ao governo mineiro, em 1998, Valério havia contraído empréstimo bancário de R$ 8,35 milhões para financiar o caixa 2 do PSDB, em moldes semelhantes ao esquema do PT sob investigação no Congresso.
As ligações de Valério para Azeredo somaram uma hora e vinte e seis minutos. Os contatos ocorreram entre abril e outubro de 2002. Azeredo ligou para o empresário em 5 de dezembro de 2001 e em 3 de setembro de 2002.
Azeredo negou, em discurso durante sessão da CPI no dia 2 de agosto, ter tido conhecimento do esquema de 1998. Valério afirmou duas vezes à CPI do Mensalão que Azeredo tinha conhecimento dos empréstimos que financiaram o caixa 2 tucano em Minas.
Na sexta-feira, o senador reconheceu ter mantido contatos telefônicos com o publicitário ao longo de 2001 e 2002. Ele atribuiu às chamadas a conversas sobre política, além de um trabalho experimental que Valério teria feito para a campanha de 2002, mas que acabou descartado.
Em 2002, Azeredo era diretor da empresa de informática Belgo Mineira Sistemas e candidato a senador. Apesar das denúncias de caixa 2, Azeredo foi excluído da lista preliminar de parlamentares sob risco de cassação, redigida em conjunto pelas relatorias das CPIs dos Correios e do Mensalão.
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