O Rio Grande do Sul voltou a ter o pior desempenho na concessão de emprego na índústria no Brasil. Em julho, o resultado negativo chegou a 7,0% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em junho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mediu uma retração de 6,6%.

A péssima situação foi influenciada principalmente pelo setor de calçados e artigos de couro (-20,8%) da indústria gaúcha. Santa Catarina (-0,8%) teve a segunda maior redução do número de trabalhadores, principalmente pela queda da indústria madeireira (-12,3%).

No âmbito nacional, o número de admissões no setor industrial continuou superando o de demissões, com aumento de 1,1%. Nove das 14 áreas investigadas contribuíram positivamente no resultado geral, com destaque para São Paulo (3,2%) e Minas Gerais (3,6%). Os principais impactos positivos, frente a julho de 2004, vieram de alimentos e bebidas (8,9%), meios de transporte (8,0%) e produtos de metal (9,9%).

O número de horas pagas aos trabalhadores apresentou aumento de 0,9%, refletindo os desempenhos positivos de oito das 14 regiões e também oito dos 18 ramos pesquisados. O Rio Grande do Sul teve queda de 7,1%, sobretudo em razão do recuo no segmento de calçados e artigos de couro (-21,0%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o valor real da folha de pagamento cresceu em 11 dos 14 locais pesquisados. A maior influência positiva foi observada em São Paulo (4,6%) e a menor veio do Rio de Janeiro (-10,0%).