| 16/08/2005 00h46min
A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determine o rastreamento das movimentações financeiras e o bloqueio da conta da empresa Dusseldorf mantida no BankBoston em Miami pelo publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes.
Por meio da Dusseldorf, uma offshore com sede nas Bahamas, Duda diz ter recebido R$ 10,5 milhões do empresário Marcos Valério de Souza. O dinheiro era para pagar dívidas do PT com o publicitário referentes à campanha eleitoral de 2002.
A PF também pediu ao STF o rastreamento das movimentações de outras duas contas no BankBoston usadas por Duda e Zilmar.
Caso o Supremo determine o bloqueio, a ordem será encaminhada ao Ministério da Justiça, que por sua vez tentará conseguir o congelamento junto ao Departamento de Estado dos EUA.
Técnicos da CPI conseguiram identificar a origem de cerca de US$ 3,4 milhões, mas não chegaram ainda aos
responsáveis pelas transferências.
Relatório reservado do
Instituto Nacional de Criminalística informa que, com as contas no BankBoston, Duda e sua sócia fizeram também transações de US$ 1,6 milhão com a Agata Internacional, uma offshore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas. A Agata aparece como titular de uma conta no MTB Bank administrada pelo doleiro Roger Clement Heber, de São Paulo. Pelos dados da extinta CPI do Banestado, a Agata movimentou US$ 600 milhões entre 1997 e 2003, quando o MTB Bank foi incorporado pelo Hudson Uniteds Bank.
O pedido de rastreamento, feito sexta-feira, se estende também a cinco contas bancárias que abasteceram a Dusseldorf.
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