| 15/08/2005 11h47min
O 33º Festival de Gramado está começando sem que os dois grandes vencedores do ano passado tenham estreado. Vida de Menina, que recebeu seis Kikitos, incluindo o de melhor filme, tem previsão de lançamento para setembro no centro do país. Filhas do Vento, que levou oito (considerando os dois duplos), também só entra em cartaz no mês que vem. Para ambos, não há data de estréia em Porto Alegre. ZH conversou com os diretores dos dois filmes, Joel Zito Araújo (de Filhas do Vento) e Helena Solberg (de Vida de Menina).
ZH - Por que o filme ainda não estreou?
Joel Zito - Tentar vender um filme é uma longa batalha de convencimento. Se já tivéssemos uma distribuidora (empresa que faz a ponte com as salas de exibição) antes do festival, os Kikitos acelerariam o lançamento.
Helena Solberg - O mercado está entupido. Há poucas possibilidades de lançamento quando filmes estrangeiros estréiam com 500 cópias.
ZH - A vitória não deveria atrair um distribuidor para a porta do Palácio dos Festivais?
Joel Zito - O distribuidor resiste a ver filmes brasileiros. O mercado nacional é para cinema americano.
Helena - Também houve da nossa parte um cuidado para identificar nossas audiências. Vimos filmes morrendo na praia por serem lançados sem estratégia.
ZH - Não será estranho lançar o filme após o festival deste ano?
Joel Zito - Planejávamos lançar em abril, mas a queda das bilheterias nos assustou. Creio que perdemos o impacto da vitória e da polêmica (a equipe do filme ameaçou devolver os Kikitos depois que o presidente do júri, Rubens Ewald Filho, declarou que a premiação aos atores negros fora "política").
Helena - Os filmes que
ganharam festivais continuam sendo filmes que ganharam festivais.
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