| 10/08/2005 12h13min
O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) divulgou uma nota hoje afirmando, mais uma vez, que estão distorcendo fatos diante de empréstimos e saques divulgados pela CPI dos Correios e pelo empresário Marcos Valério sobre a campanha eleitoral de 1998, na qual foi candidato derrotado ao governo de Minas.
Azeredo ressalta na nota que é essencial diferenciar os fatos que estão sendo analisados pelas comissões no Congresso e que os problemas eventualmente ocorridos em 1998 referem-se à campanha eleitoral. Segundo o senador, os fatos não guardam qualquer semelhança com as denúncias de mensalão ou de corrupção na máquina pública que atingem a gestão do PT no Governo Federal.
O senador mineirto afirma ainda que os valores envolvidos nos dois casos, pela diferença proporcional, são provas de que as questões são absolutamente diferentes. O valor repassado aos apoiadores da campanha em 1998, de R$ 1,8 milhão, semelhante ao que acontece em todas as disputas eleitorais realizadas no país, de acordo com o senador, são infinitamente menores que os propalados R$ 55 milhões repassados ao PT no caso do mensalão.
No que diz respeito à sua tentativa de reeleição, Azeredo reitera que desconhecia o empréstimo feito pela agência DNA junto ao Banco Rural. Ele reforça que não autorizou ou avalizou tal empréstimo e que a operação também não teve aval de membros do governo estadual ou do PSDB.
Segundo Azeredo, o aval foi dado por sócios da própria agência, conforme documento entregue à CPI, tratando-se de uma operação restrita à agência e ao banco. Ele ressaltar que não sabia dos valores, dizendo que em um estado grande como Minas Gerais, é impossível que o Governador, em disputa pela reeleição, possa cuidar de ações administrativo-financeiras da campanha. Os pagamentos são feitos por uma coordenação, conforme atesta em carta de próprio punho o coordenador financeiro da campanha de 1998, no caso Cláudio Mourão. Azeredo afirma que o empréstimo envolveu exclusivamente uma empresa e um banco, e a cobrança, feita judicialmente, também envolveu apenas essas duas partes.
A nota salienta que o senador repudia as manobras para encobrir o que vem acontecendo no país desde que surgiram denúncias contra o PT. Ele diz ainda acreditar que há uma estratégia armada para confundir a opinião pública com declarações, desculpas e desmentidos seguidos, que apenas prejudicam o objetivo das comissões inquérito.
As informações são da Agência O Globo.
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