| 10/08/2005 00h40min
O empresário Marcos Valério confirmou que responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF), aberto pelo Ministério Público de Minas Gerais, junto ao atual vice-governador de Minas, Clésio Andrade, e ao ex-governador de Minas e atual presidente nacional do PSDB, Eduardo Azeredo.
Valério respondeu à pergunta da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) na Comissão Parlamentar mista de Inquérito (CPI) do Mensalão.
A denúncia no processo é de que Azeredo e Clésio teriam se beneficiado de contrato entre as estatais mineiras Copasa e Comig com a SMP&B, em 1998, que teria patrocinado o Enduro da Independência. O processo alega improbidade administrativa pelo fato de não ter havido licitação ou contrato administrativo no patrocínio.
Segundo Valério, o valor do contrato era de cerca de R$ 1,5 milhão. Ele afirma que não houve nenhuma irregularidade na assinatura. O presidente da CPI da Compra de Votos, senador Amir Lando, disse que vai requerer a íntegra do processo ao STF.
Marcos Valério disse que acordaria mais leve nesta quarta. A deputada Perpétua Almeida (PC do B/AC) provocou o empresário a dizer como se sentia depois de passar mais de 12 horas respondendo a perguntas de deputados e senadores.
– Vou acordar mais leve, mas com os mesmos receios que eu tinha há duas semanas – disse o publicitário.
A deputada perguntou ainda se o empresário não vai se sentir arrependido, "por não ter dito tudo, como da outra vez". Valério disse que considera não poder falar mais nada.
– E o que diz para sua filha de 14 anos? – voltou a perguntar a deputada.
– A verdade, que o pai dela errou e que se eu pudesse voltar atrás, eu voltaria – afirmou Marcos Valério.
Por fim, a parlamentar perguntou se o depoente aceitaria fazer uma acareação com o deputado Roberto Jefferson.
– Na hora que a senhora marcar – disse Valério.
As informações são da Agência O Globo.
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