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As agências internacionais de classificação de risco avaliaram nessa quinta-feira, dia 20, que a suspensão de pagamento sobre parte da dívida argentina deverá ocorrer em breve. A Fitch informou que “um default (moratória) importante e desorganizado sobre US$ 97 bilhões da dívida com credores privados é iminente”.
Na terça-feira, dia 18, o economista da Standard & Poor’s John Chambers disse que a Argentina vai “descumprir abertamente” o pagamento de suas dívidas nas próximas semanas. Chambers lembrou que cerca de US$ 600 milhões vencem até o fim do mês. Um eventual pedido de moratória da Argentina sobre a dívida, cujo total atinge US$ 132 bilhões, poderá ser o maior da história, avaliam analistas em Nova York.
O único país latino-americano a deixar de pagar a credores, recentemente, foi o Equador. Em setembro de 1999, suspendeu os pagamentos relativos a US$ 6 bilhões.
– Esta cifra não se compara com a da Argentina, que acreditamos vai se declarar impossibilitada de cumprir pagamentos relacionados a US$ 97 bilhões da dívida com credores privados – disse Theresa Paiz-Fredel, analista da Fitch.
Outros países que declararam moratória nos últimos anos foram a Rússia e o Paquistão. O maior montante, o da Rússia, em 1998, chegou a US 18 bilhões. Também é quase consensual entre analistas no mercado financeiro que a renúncia do ministro Domingo Cavallo e o caos social na Argentina resultarão na mudança do regime cambial, possivelmente com a desvalorização do peso. Há dúvidas, no entanto, sobre quando e em que condições isso ocorrerá.
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